Mostrar mensagens com a etiqueta Nordsjælland. Mostrar todas as mensagens
Mostrar mensagens com a etiqueta Nordsjælland. Mostrar todas as mensagens

quinta-feira, 25 de agosto de 2011

Liga Europa | Sporting 2-1 Nordsjaelland



O Sporting venceu hoje os dinamarqueses do Nordsjaelland por 2-1, carimbando assim o passaporte para a Fase de Grupos da Liga Europa.

O Sporting apresentou-se de inicio com algumas surpresas: Rui Patrício; João Pereira, Daniel Carriço, Polga e Evaldo; André Santos e Schaars (Rinaudo); Yannick Djaló (Bojinov), Izmailov (Carrillo) e Capel; Postiga.

Causou-me alguma estranheza André Santos jogar em vez de Rinaudo, e depois de até estar entusiasmado com as noticias que saiam nos jornais que indicavam que Postiga iria jogar a “10” e haveria um ponta-de-lança a jogar à sua frente, que eu gostaria que fosse Rubio por motivos que já enunciei anteriormente, mas que compreenderia que fosse Wolfswinkel porque podia-se esperar um jogo mais directo já que previa-se que o Sporting encostasse os dinamarqueses à sua linha defensiva.
No entanto, nem Rinaudo nem Wolfswinkel ou Rubio, e a verdade é que o Sporting ressentiu-se da falta do argentino mostrando alguma intranquilidade nos minutos iniciais e perdendo algumas bolas a meio-campo, revelando também alguma falta de garra e agressividade que André Santos não consegue dar.
Postiga, curiosamente, que jogou como único ponta-de-lança, teve em destaque na primeira parte pelos passes que fez, e pela tentativa de organizar o ataque leonino, uma tarefa que cabe a um “10”.

Embora por vezes apresentando alguma instabilidade, o Sporting dominou toda a primeira parte, encostando o Nordsjaelland à sua linha defensiva, e tirando algumas iniciativas dos nórdicos por volta da meia hora de jogo, bem que o meio-campo defensivo dos leões podia ser alugado.
Foram criadas muitas oportunidades, no entanto, golos nem vê-los, um espelho do que se tem visto neste inicio de época da equipa leonina.

Na segunda parte, só deu Sporting, os níveis de intensidade foram aumentando, conseguiu-se encostar os dinamarqueses mais atrás, e só por muito azar é que o golo foi sendo adiado, criando alguma frustração mas ao mesmo tempo entusiasmo entre os adeptos leoninos.

Domingos, decide, então, tirar Schaars (penso que por lesão) e colocar Rinaudo, e depois tirar Yannick Djaló e colocar Bojinov, curiosamente, tirou dois homens que têm vindo a ser criticados pelos adeptos neste inicio de temporada, e colocou um que tem sido dos mais elogiados, e outro que ainda não se tinha estreado, mas que estava a gerar grande entusiasmo em seu redor, e diga-se de passagem que o ex-treinador do Sporting de Braga acertou em cheio, porque a intensidade de jogo aumentou, as oportunidades foram sendo cada vez mais perigosas e só o guarda-redes do Nordsjaelland ía adiando o que parecia inevitável, o golo dos portugueses.

E esse golo veio a surgir aos 76’, após um cruzamento de Capel na direita, Bojinov recolhe a bola na grande área, tem bastante calma e ao mesmo tempo protege muito bem a bola, encontra André Santos desmarcado e passa-lhe a bola, o médio português não vacilou e colocou, finalmente, o Sporting em vantagem.

Este golo veio dar tranquilidade, e minutos depois, num canto de Capel, Evaldo (um pouco sem saber como), marca um golo com a coxa e resolveu a eliminatória.

A partir daí, só o cansaço acumulado por impor um ritmo tão alto no jogo impediu que os jogadores do Sporting se mantivessem tão concentrados e apresentando o discernimento necessário para fazer o 3-0.

Entretanto, foi mesmo o Nordsjaelland quem marcou, por Laudrup, já no tempo de compensação, no lance muito confuso na grande área do Sporting, no entanto, já nada havia a fazer e os leões estavam qualificados para a fase de grupos.


Em relação à análise da equipa do Sporting, creio que defensivamente esteve bem, embora algumas vezes se tivesse sentido a falta de Rinaudo na primeira parte, creio que Carriço não ficou atrás do que Rodriguez tem feito, Evaldo fez provavelmente o seu melhor jogo esta temporada, Polga e João Pereira estiveram como de costume.
No meio-campo para a frente, ficou provado que neste momento Schaars acrescenta muito pouco à equipa, e se antes poderiam falar das bolas paradas pelas quais o holandês é responsável, a verdade é que foi preciso ele sair e Capel ir marcar os cantos para o Sporting finalmente marcar um golo de bola parada esta temporada, portanto, está aqui um indicador de que um holandês neste momento não pode ser titular no Sporting.
Para o seu lugar, em relação a quem começou o jogo, certamente Rinaudo para jogar a “6” e depois entre o argentino e o “10” pode jogar André Santos (embora este tenha muita tendência em jogar demasiado próximo do “6”) ou então Izmailov, que sinceramente, penso que poderia dar maior dinâmica à equipa jogando a “8” e deixando a posição “10” para Hélder Postiga, que na minha opinião, tem todas as características necessárias para o fazer, pois em termos de eficácia pode não ser um avançado de topo, mas é extremamente lutador, é talentoso tecnicamente, gosta de vir buscar jogo mais atrás, serve bem os colegas, e penso que o Sporting ganharia mais se o colocasse a jogar atrás do ponta-de-lança, um pouco à imagem do que acontece com Saviola (comparações à parte) no Benfica.
Nas alas a dupla ideal seria Jeffren e Capel, espero que o ex-Barcelona esteja em condições de jogar contra o Marítimo, porque infelizmente, Yannick Djaló não tem condições para jogar a titular no Sporting. Já no ataque, com Postiga a jogar mais atrás do ponta-de-lança, e depois de ter visto este jogo, Bojinov deixou boas indicações para ser o “9”, ou pelo menos para fazer dupla com Postiga, visto que têm complementam-se bem, e penso que até seria interessante durante os jogos fazerem trocas posicionais, alternando quem joga mais atrás e como quem joga como homem mais avançado. No entanto, não sei se o búlgaro já está em condições para jogar os 90 minutos, e duvido mesmo que Domingos opte por ele como titular para domingo.
Uma palavra muito especial para Capel, mais uma vez o melhor em campo do Sporting, e embora muitas vezes ficasse demasiado tempo com a bola acabando por ser desarmado (com Izmailov passou-se o mesmo), fez o que melhor sabe segundo o seu ex-treinador: Desviar autocarros. Esteve nos dois golos e mostrou ter argumentos para levar o Sporting a grandes vitórias! É de desequilibradores assim que os leões precisam e estou ansioso para o ver numa ala e Jeffren na outra.

Quanto aos dinamarqueses, não tenho muito a dizer, tendo em conta os argumentos que dispunham tanto em termos individuais como colectivos, fizeram o jogo possível frente a um adversário superior e devo destacar o seu guarda-redes, Jesper Hansen, que embora não me pareça ter uma grande escola e apresentar alguns erros básicos daquilo que deve ser um guarda-redes completo (nomeadamente a forma como aborda certos remates apenas com uma mão ou como defende as bolas para a frente e ter dificuldades em agarrar o esférico), tem grandes reflexos e foi importantíssimo para o Nordsjaelland, já que esteve apenas a 15 minutos de levar o jogo para o prolongamento, defendendo tudo o que lhe aparecia pela frente.

O Sporting ficará então à espera do sorteio de amanhã da Fase de Grupos.
No que toca as minhas análises, devem voltar em princípio amanhã para o FC Porto – Barcelona, a contar para a Supertaça Europeia.

quinta-feira, 18 de agosto de 2011

Liga Europa | Nordsjaelland 0-0 Sporting

Ainda não foi desta que o Sporting se estreou a vencer oficialmente em 2011/2012, não indo além de um empate com o Nordsjaelland, uma modesta equipa do meio da tabela na Dinamarca, um campeonato com pouca expressão na Europa. Domingos Paciência repetiu os mesmos onze que começou o jogo com o Olhanense: Rui Patrício; João Pereira, Polga, Rodriguez e Evaldo; Rinaudo, André Santos (Matías) e Schaars; Jeffren (Izmailov), Djaló e Postiga (Rubio). O que vimos no inicio do jogo foi um Sporting à imagem da temporada passada, não se conseguindo impor no jogo, e ser facilmente assustado por um adversário menor, ainda que até à meia hora os leões estivessem em ascendente na partida, até ao momento em que o jogador mais inconformado, Jeffren, pegou na bola e fez dois remates perigosos, que foram respondidos com duas boas defesas do guarda-redes dinamarquês. De resto, toda a primeira parte foi um jogo disputado a meio-campo, com um ritmo mesmo muito lento, sem nenhum toque de criatividade (excepção feita às iniciativas de Jeffren), certamente muito sonolento para quem estava a assistir. Na segunda parte, Domingos mexeu na equipa de forma a dar a agitar as coisas no ataque, e se a saída de Jeffren se possa entender por problemas físicos, a verdade é que as substituições foram feitas no sentido de dar mais mobilidade aos postos mais ofensivos, com as saídas de André Santos para as entradas de Matías de Rubio, e até mesmo com a entrada de Izmailov. Creio que houve uma melhoria com a entrada de Matías, o jogo do Sporting a meio-campo esteve mais articulado, até mesmo com a ala direita, mas a verdade é que não se conseguia colocar a bola no último homem, até porque a ala esquerda não é uma solução, devido às limitações técnicas de Yannick Djaló e Evaldo, dois jogadores que não têm categoria para serem titulares numa equipa como o Sporting, e muito menos terem uma faixa completamente entregue a eles. O Nordsjaelland só chegou à baliza do Sporting nos últimos 10/15 minutos, quando deu conta da impotência da equipa portuguesa e ganhou alguma confiança, no entanto, se não estou em erro, durante o jogo todo Rui Patrício só fez uma única defesa e foi um espectador assíduo de todo o jogo, um pouco à imagem do que se tinha sucedido com o Olhanense, o que por um lado pode ser um bom indicador de que a linha defensiva está a fazer bem o seu trabalho. Bem, na minha opinião, o que falta a esta equipa do Sporting é um maior volume de jogo ofensivo, porque por muito que os adversários se fechem, isso acontece porque a equipa leonina é superior e os oponentes não podem correr tantos riscos, a grande maioria dos jogos durante a época serão assim, e a desculpa não pode ser que os outros têm um autocarro à frente da baliza, é preciso saber contornar as dificuldades, arranjar soluções, e há matéria-prima para isso. Será coincidência André Santos sair destes dois jogos bem cedo no jogo para dar lugar a um jogador mais ofensivo e que possa galvanizar mais o jogo da equipa? Claro que não! Por muito bom jogador que seja, não há espaço para um jogador com as suas características, uma equipa ambiciosa como o Sporting tem que ter uma unidade mais ofensiva no seu lugar, e claramente que no duelo com Schaars pela titularidade, fica a perder devido ao factor bolas paradas. Na minha opinião, o triângulo do meio-campo leonino, quando estiver tudo a 100%, será composto por Rinaudo a 6, Matías como “box to box” e Izmailov um pouco mais próximo do ponta-de-lança, é o mínimo que se pode pedir a um treinador que quer ser campeão. Nem penso que será um risco, porque o Benfica e o Porto jogam com tantos ou mais homens de características ofensivas. Depois, temos a ala esquerda deplorável, como é possível o Evaldo ser titular no Sporting? No máximo, daria um bom suplente. E pior que isso, como é possível Yannick Djaló também o ser, e juntos ocuparem na totalidade uma faixa do terreno? Yannick só tem velocidade, falta-lhe técnica, por isso, é um bom suplente no máximo, útil para quando a equipa precisar de jogar em contra-ataque, não quando se encontra uma defesa composta por muitos homens, que é preciso contornar um após outro, e trocar bem a bola entre os jogadores para a confundir de forma a criar oportunidades de golo, e aí Capel tem uma vantagem clara, espero que ganhe ritmo rapidamente, o problema é que só se ganha ritmo jogando, e hoje não jogou. Do outro lado, Jeffren está a ser uma sensação, e João Pereira tem feito boas exibições. Na frente de ataque, aceito que jogue Postiga, mas por favor, dêem oportunidades ao Rubio, é um jogador que embora não tivesse muito em jogo hoje, não desapontou ninguém e esteve bem sempre que teve a bola consigo. Oxalá Bojinov recupere depressa também, é preciso um goleador. Os outros clubes jogam à defesa, por vezes falta sorte (hoje nem foi por aí), no entanto, assim também se vêem os campeões, são aqueles que arranjam soluções de enfrentar as adversidades pela força do seu jogo, ou pelo uso da inteligência, e penso que o Sporting está muito monótono, vejo demasiadas bolas para os flancos, e depois Jeffren ou Yannick que se desembaracem, ou fazendo diagonais para o meio, ou procurando cruzamentos, mas é preciso saber dar a volta a esta monotonia, é preciso encontrar soluções pelo centro do terreno e isso faz-se sobretudo com Matías e Izmailov em campo em simultâneo, é preciso chegar à área contrária de outro modo e daí Capel possa ser útil em vez de Yannick, é preciso que o avançado venha buscar jogo mais atrás, é preciso que os alas troquem entre si, é preciso ser-se menos previsível e ter mais soluções. Dentro de uma semana, haverá um jogo que poderá revelar-se complicado frente a estes dinamarqueses, porque se marcarem um golo, o Sporting terá que marcar dois em Alvalade, e com esta eficácia e um principio de jogo na minha opinião pouco eclético, será difícil fazê-lo. Já agora, e mencionando os Sub-20, que chegaram à final do Mundial da categoria, metam os olhos no Nuno Reis antes de avançarem com uma proposta de milhões por outro central, pensem no Cédric antes de contratarem este Arias (ainda não o vi jogar, mas duvido que seja algum fenómeno) quando já havia João Pereira, João Gonçalves e Pereirinha, isto só para citar alguns. Se o Patrício hoje é um guarda-redes que enche as medidas e pode muito bem ser titular na selecção, não se esqueçam que foi por um senhor muito criticado chamado Paulo Bento apostar e insistir nele, o mesmo se passa com estes jovens que estão no Mundial Sub-20. E por aqui termino esta minha análise, saudações sportinguistas!
Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...