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quinta-feira, 20 de outubro de 2011

Liga Europa | Sporting 2-0 FC Vaslui



O Sporting venceu esta noite em Alvalade o FC Vaslui por 2-0, carimbando assim presença nos 16-avos-de-final da Liga Europa.


Eis a constituição das equipas:

Sporting



O Sporting já sabia que não podia contar com Rodríguez, Onyewu, Insúa e Elias, quatro habituais titulares, e para o seu lugar entraram Polga, Carriço, Evaldo e Matías Fernandez, no entanto, a grande novidade vai para a entrada no onze de Bruno Pereirinha, em detrimento de Carrillo, que tem estado em bom plano nos mais recentes jogos da equipa leonina.
Com o jovem português em campo em vez do peruano, é de esperar menos capacidade ofensiva no lado direito, e provavelmente uma ala esquerda menos perigosa visto que Insúa tem uma qualidade que Evaldo não tem, especialmente a atacar, e é de prever que haja menos apoio para que Capel possa causar desequilíbrios, como se viu em Famalicão, em que a diferença do brasileiro e do argentino a jogar naquele lado esquerdo da defesa foi da noite para o dia, no que diz respeito ao apoio prestado ao espanhol.


FC Vaslui



Pouco conheço destes romenos. É o actual 6º classificado da Liga Romena, a oito pontos do primeiro classificado, e cinco à frente do Otelul Galati, equipa que pertence ao grupo do Benfica na Liga dos Campeões. Foram afastados na 3ª pré-eliminatória da Liga Milionária pelo Twente e eliminaram o Sparta Praga no Play-Off para a Fase de Grupos da Liga Europa, onde tem dois empates a dois frente ao Lazio (fora) e FC Zurique (casa).
Em termos de jogadores, há alguns com historial em Portugal, como os centrais brasileiros Ozéia (ex-Paços de Ferreira) e Gladstone (ex-Sporting), o lateral-esquerdo português Hugo Luz, o médio-defensivo sérvio Pavlovic (ex-Académica, onde foi treinado por Domingos Paciência), o médio-ofensivo Wesley (ex-Penafiel, Vitória de Guimarães, Paços de Ferreira e Leixões, e actual melhor marcador do campeonato romeno) e o avançado brasileiro William Gerlem (ex-Estoril).


O Sporting entrou forte no jogo, aproximando-se da baliza contrária e povoando sempre o meio-campo contrário, no entanto, sem criar grande perigo.

O Vaslui assumiu uma postura claramente defensiva, com dois médios-defensivos, um dos quais, Gladstone, é defesa-central de raiz e foi basicamente o terceiro homem no eixo defensivo da formação romena. Apesar de fazer descer o ritmo de jogo, a equipa treinada por Viorel Hizo nunca foi capaz de em ataque ou contra-ataque mudar e velocidade do jogo e criar ocasiões de golo, nem pouco sequer ter a bola, por isso viveu praticamente toda a primeira parte com os seus jogadores no meio-campo defensivo atrás do esférico e pressionando os homens do centro do terreno do Sporting, nomeadamente Schaars que não teve grandes oportunidades para fazer as suas habituais combinações com Capel que fazem furor no flanco esquerdo leonino.

Com essa pressão no centro, que se encontrava muito povoado, o Sporting tentou ao máximo apostar nas laterais, onde João Pereira foi prestando mais apoio a Pereirinha, mas especialmente, o que fez a diferença e criou alguns desequilíbrios, foram as subidas de Evaldo, que passou a jogar mais perto de Diego Capel, e fazer as tais combinações que geralmente o espanhol faz com Insúa.
Foi mesmo pelo lado esquerdo que a equipa leonina criou a sua primeira grande oportunidade golo, onde Evaldo cruzou para um remate acrobático de Wolfswinkel que passou perto da baliza de Cerniauskas.

Com as subidas do lateral brasileiro, o Vaslui conseguiu subir pelo flanco direito e num seguimento de um cruzamento por esse lado Wesley e João Pereira embrulham-se na área, acabando com o “playmaker” dos romenos a agredir por duas vezes o jogador português e levar o cartão vermelho.

A redução de jogadores em campo dos romenos foi importante para desbloquear o jogo, houve mais espaço e poucos minutos depois, aos 43’, o Sporting chegou ao golo após uma grande jogada de Matías Fernández pela direita na área contrária em que passou por vários adversários e cruzou para o segundo poste onde apareceu Evaldo para encostar.
Tento obtido numa altura importante, muito perto do intervalo.


Na segunda parte, o mesmo filme!
O Sporting continuou com o domínio territorial e de posse de bola, mas desta vez, fruto da superioridade numérica também, foi criando (mais) oportunidades de golo, e ao mesmo tempo manteve-se muito consistente defensivamente, ao ponto do Vaslui não ter feito um único remate durante o jogo! Rui Patrício tocou na bola pela primeira vez, se não estou em erro, à passagem da hora de jogo!

Ofensivamente o Sporting esteve sempre muito perto do segundo golo, numa altura em que se assistiam a momentos de muito bom futebol e emoção junto da área do Vaslui, essencialmente com dois artistas a comandar o leme: Matías Fernández e Diego Capel, os dois melhores jogadores em campo!

O chileno marcou um livre directo que proporcionou uma defesa de enorme grau de dificuldade a Cerniauskas aos 50’, e o espanhol teve uma grande arrancada em que percorreu praticamente todo o meio-campo dos forasteiros na diagonal e colocou a bola em Carrillo, que isolou Matías para fazer o 2-0, golo que sentenciou o jogo, estavam decorridos 70 minutos.

A partir daí, com grande categoria apesar da pouca oposição, o Sporting foi trocando tranquilamente a bola no meio-campo adversário, e aqui (embora em contextos um pouco diferentes) notou-se a evolução da equipa em relação aos jogos que fez por exemplo frente ao Zurique e Rio Ave. Em ambos os casos o Sporting começou a ganhar por 2-0 (aí conseguiu obter essa vantagem bem mais cedo, diga-se de passagem) mas não conseguiu ter qualidade para conseguir para efectuar a gestão da vantagem, ao ponto de ter apanhado vários sustos na Suiça (embora não sofresse golos) e de em Vila do Conde ter permitido o empate (ainda que tivesse ganho 3-2). Se as vitórias vão continuando, se se nota que os últimos jogos foram talvez os mais difíceis de desbloquear e em que a equipa marcou menos golos nesta série vitoriosa, a verdade é que é evidente a maturação na abordagem aos mais diversos momentos do jogo, nos quais se inclui a gestão de uma vantagem.

Até ao fim do jogo, os leões foram dominadores e entre algumas oportunidades para fazer o 3-0 destaca-se um remate violentíssimo de Schaars que deixou a baliza do Vaslui a abanar.

Com esta vitória, e tendo em conta que a Lazio e o Zurique empataram, o Sporting garantiu a presença nos 16-avos-de-final da Liga Europa. Resta agora tentar assegurar também o 1º lugar no grupo para evitar adversários vindos da Liga dos Campeões.


Analisando as equipas, creio que o Vaslui defensivamente portou-se bem até à expulsão de Wesley e ao golo de Evaldo, no entanto, foi muito pouco ambiciosa no ataque, acabando o jogo com nenhum remate efectuado e pouquíssimo volume de jogo ofensivo.
A nível individual, só posso destacar o seu guarda-redes, Cerniauskas, que mostrou segurança, agilidade e bons reflexos, remou contra a maré e evitou males maiores, que é como quem diz, a goleada.

Quanto ao Sporting, sem cinco habituais titulares e sem grandes oportunidades de golo até ao 1-0, revelou sempre maturidade, não vacilando nem desesperando quando não conseguia criar perigo, circulando sempre muito bem a bola, gerindo bem a vantagem, não cometendo muitos erros e por isso, para mim, foi segunda exibição mais consistente esta temporada, logo a seguir ao desafio frente ao Vitória de Setúbal.
Quanto ao desempenho dos jogadores, Rui Patrício foi um espectador, Carriço e Polga não foram chamados a intervir muitas vezes mas quando foram estiveram bem, João Pereira entendeu-se bem com Pereirinha, que por sua vez para um extremo acrescentou muito pouco mas foi sempre certinho. Evaldo fez um bom jogo, defensivamente não teve grande trabalho e conseguiu estar a um nível perto de Insúa no que concerne ao apoio prestado a Capel.
Rinaudo esteve ao seu nível e é impressionante como o volume ofensivo das equipas adversárias com ele em campo é muito menor, Schaars esteve bem mas falhou nas oportunidades de golo que teve, Matías fez uma grande exibição, foi o melhor em campo e mostrou que tem qualidade para jogar mais tempo, mesmo com Elias disponível.
Capel esteve mais uma vez brilhante, embora eu creio que está a começar a sentir alguma responsabilidade devido ao que os adeptos do Sporting têm visto e esperam dele, e por isso muitas vezes quer decidir sozinho. Wolfswinkel não marcou, mas também não teve muitas oportunidades, e como se sabe, não é um jogador que de outra forma dê muito nas vistas, embora tenha sido útil. Carrillo entrou bem no jogo, Bojinov precisa de marcar para ganhar confiança e André Martins, apesar do pouco tempo em campo, esteve bem na gestão da vantagem.
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