quarta-feira, 18 de abril de 2012

Liga dos Campeões | Chelsea 1-0 Barcelona


Esta noite, em Stamford Bridge, o Chelsea venceu o Barcelona por 1-0, na primeira mão das meias-finais da Liga dos Campeões. Didier Drogba marcou o único golo do encontro.



Eis a constituição das equipas:

Chelsea



Os “blues” chegam até esta após terem liderado um grupo composto também por Bayer Leverkusen, Valência e Genk, e de terem afastado Nápoles e Benfica na fase a eliminar.
Depois de se ter lesionado no encontro de domingo frente ao Tottenham, David Luiz é a principal baixa do Chelsea.


Barcelona



Na fase de grupos, os catalães ficaram à frente de AC Milan, Viktoria Plzen e BATE Borisov, e nas eliminatórias, deixaram pelo caminho o Bayer Leverkusen e os “rossoneri”.
David Villa e Abidal continuam ausentes, um por lesão e outro pelos seus já conhecidos problemas no fígado.


Como é habitual, o Barcelona fez grande uso de posse de bola nos instantes iniciais, apresentando uma percentagem de 83% nos primeiros cinco minutos.

9’ Após um grande passe de Iniesta, Alexis Sánchez ficou isolado e fez o chapéu a Cech mas a bola acertou na trave.

17’ Messi furou pela defesa contrária, e assistiu Iniesta, que já liberto de marcação, rematou para defesa do guarda-redes dos londrinos.

27’ Fàbregas atirou para nova intervenção do guardião checo.

Os “blaugrana” continuavam com elevada posse de bola, mas os “blues” iam tapando os caminhos para a sua baliza, e beneficiavam da superior estatura física levar vantagem nas disputas de bola.

43’ Messi desmarcou Fàbregas ligeiramente descaído pela esquerda e este picou a bola sobre Cech, e foi Ashley Cole a impedir o golo sobre a linha de baliza.

45+2’ Numa transição rápida, Ramires progrediu no terreno pelo flanco esquerdo e assistiu Drogba que ao segundo poste fez o 1-0.


O Chelsea, mantendo sempre uma postura defensiva, conseguiu marcar através de um contra-ataque, e mesmo em cima do intervalo, uma altura importante, dando a possibilidade a Di Matteo para redefinir a estratégia.

51’ Adriano flectiu da esquerda para o meio e rematou de pé direito para defesa de Cech.

56’ Fàbregas fez um passe fantástico para Alexis Sánchez mas este falhou incrivelmente o tento do empate.

66’ Guardiola trocou o atacante chileno por Pedro Rodríguez.

70’ Xavi de livre directo levou o esférico a passar por cima do alvo.

74’ Salomon Kalou rendeu Juan Mata.

78’ Saiu Cesc Fàbregas, entrou Thiago Alcântara.

87’ Xavi foi substituído por Isaac Cueca.
Puyol desviou de cabeça um livre cobrado por Messi, mas Cech evitou o golo com uma grande defesa.

88’ Ramires deu lugar a Bosingwa, procurando fechar melhor o flanco direito.

90+2’ John Terry com um carrinho fantástico impediu um remate de Messi, mas a bola sobrou para Pedro que acertou no poste.

Di Matteo interpretou bem aquilo que é o futebol do Barcelona e colocou defesas com grande capacidade física (à excepção de Ashley Cole) e um meio-campo bastante povoado, sobretudo na zona central onde se encontravam jogadores fortes corporalmente e com cultura táctica, mas também com alta rotatividade e qualidade de passe, permitindo desse modo que para além de serem os homens mais indicados para recuperar a bola, no momento da recuperação seriam eficazes ao colocá-la com precisão num companheiro de equipa. Obi Mikel (este mais defensivo e com menos qualidade de passe), Raul Meireles e Lampard foram assim jogadores-chave nesta partida. Nas alas, Ramires e Juan Mata fecharam bem os seus flancos, com a particularidade de que ocuparam os corredores opostos ao que é habitual, com o brasileiro na esquerda e o espanhol na direita. Provavelmente a intenção era aproveitar as diagonais de ambos. O ataque estava praticamente entregue a Drogba, que batalhou muito, mas já lá vamos…
Esta estratégia complicou muito a vida aos “blaugrana”, que não foram tão efusivos no ataque como é habitual e praticamente na primeira situação que o Chelsea teve, fez o único golo do encontro.
Na segunda parte então os “blues” abdicaram praticamente de atacar, e continuando a defender com qualidade, conseguiram uma vantagem preciosa para a segunda mão.

Analisando os atletas em campo, começando pelos do Chelsea…
Cech foi gigante entre os postes, Ivanovic e Ashley Cole fecharam bem os seus lados, sendo que o inglês impediu um golo sobre a linha de baliza, e Terry e Cahill foram intransponíveis no eixo da defesa.
Obi Mikel ocupou bem os espaços, Raul Meireles e Lampard foram os jogadores-chave, fortes a defender, com capacidade física superior ao meio-campo do Barça e com qualidade suficiente para colocar a bola num companheiro com precisão no momento de recuperação do esférico. Juan Mata teve pouca bola, mas num jogo incaracterístico para ele, acabou por ter estado bem a fechar o seu flanco, o mesmo passando-se com Ramires, que fez ainda a assistência para o golo.
Drogba lutou imenso, sofreu muitas faltas, foi um autêntico guerreiro e marcou o único tento da partida.
Kalou e Bosingwa refrescaram as alas, perante o desgaste tremendo a que estavam a ser sujeitos Ramires e Juan Mata.

Quanto aos jogadores do Barcelona…
Valdés até nem teve de fazer muitas defesas, e foi infeliz no golo, ainda tocando no esférico.
Dado o povoamento no meio-campo londrino até pelas laterais, Daniel Alves não conseguiu subir tanto, Puyol e Mascherano travaram duelo intenso com Drogba e Adriano, para o que o jogo exigia, foi pouco ofensivo.
Busquets equilibrou a equipa, Xavi comandou o ataque, mas dado o elevado número de jogadores perto da área do Chelsea, fê-lo muito recuado, e Iniesta não conseguiu fazer muito com o autocarro que lhe foi colocado à frente mas participou em alguns dos lances em que a sua equipa esteve perto de marcar.
Fàbregas apareceu várias vezes em zona de finalização e fez passes fantásticos, Alexis Sánchez falhou as oportunidades que teve e Messi foi alvo de uma marcação sempre muito apertado, estando também menos inspirado que habitual, falhando o passe que esteve na origem do golo dos “blues”.
Pedro acertou no poste no derradeiro minuto, e Thiago e Cuenca entraram tarde, e por isso não acrescentaram nada à história do desafio.

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