domingo, 30 de outubro de 2011

Liga ZON Sagres | Feirense 0-2 Sporting



O Sporting venceu esta noite o Feirense por 2-0 em Aveiro, casa emprestada dos fogaceiros.


Eis a constituição das equipas:

Feirense



Ainda só tinha visto um jogo dos fogaceiros esta temporada, no Estádio da Luz, e vi algumas coisas do jogo frente ao FC Porto.
Parece-me ser uma equipa que em casa (ainda que emprestada) tem uma boa atitude, no entanto, uma séria candidata á descida de divisão.
Pelo que tenho lido, Carlos Fonseca é o melhor jogador da formação de Santa Maria da Feira.


Sporting



Os leões, treinados por Domingos Paciência, não podiam contar com Anderson Polga e Rodríguez lesionados, assim como Izmailov, no entanto, recebiam a boa notícia do regresso de Jeffren, ainda que o espanhol não fosse titular.
Assim sendo, Carriço e Onyewu formam a dupla de centrais e mantém-se a aposta em Matías e Elias em simultâneo, com Carrillo a começar novamente no banco.


Em relação à primeira parte, pode-se dizer que o Sporting deu 45 minutos de avanço ao adversário.
A equipa nunca se conseguiu aproximar da percentagem de posse de bola elevada que geralmente tem, e teve sempre dificuldades em fazer as transições ofensivas, onde usou e abusou de Capel (que com Schaars e Insúa bem marcados, esteve sempre muito desapoiado) mas raramente utilizou o flanco direito onde Matías quando o ocupou não teve para lhe dar o melhor uso e João Pereira praticamente só teve uma oportunidade para subir.

O Feirense marcou bem os homens do meio-campo do Sporting, e os extremos tiveram sempre desapoiados, e se Capel é homem para se safar sozinho em velocidade e ir até á linha para cruzar, já Matías não tem essas características e a formação leonina nunca conseguiu jogar a toda a largura. Este não é um problema novo, já na primeira parte frente ao Gil Vicente, ou melhor, até á entrada de Carrillo que o mesmo se tinha notado, a diferença é que hoje não houve a felicidade de se conseguir um golo madrugador numa situação de bola parada, por exemplo.
Os fogaceiros atacaram sobretudo pelo lado direito, foram rigorosos e algo duros a defender, estavam a fazer o seu jogo, nada lhes pode ser apontado.

Em relação a oportunidades, foram muito poucas mas pode-se destacar no primeiro tempo um falhanço de Varela ao segundo poste após um canto batido pela esquerda por Miguel Pedro, logo aos 10’, para o lado do Feirense.

A grande ocasião de golo do Sporting foi já perto do intervalo, num remate forte de Wolfswinkel em que Paulo Lopes foi obrigado a fazer uma grande defesa.


Para a segunda parte, a dúvida seria quanto tempo Domingos Paciência iria resistir sem colocar um extremo de raiz para retirar Matías ou Elias e a resposta a essa pergunta foi 12 minutos, quando o brasileiro deu lugar a Carrillo.
Pelo meio, duas oportunidades (primeiro por Henrique á boca da baliza e depois por Ludovic de longe) e uma expulsão (Henrique) para o Feirense.

A jogar contra dez e a toda a largura, não demorou muito a chegar ao golo, ainda que na conversão de uma grande penalidade (falta de Luciano sobre Schaars) na qual Wolfswinkel foi irrepreensível. Estavam decorridos 64 minutos.

Com o tento obtido, a formação leonina tranquilizou-se, foi controlando e dominando o jogo e a partir daí a partida teve sentido único, com o segundo golo apenas a ser uma questão de tempo.
Primeiro veio a ameaça, por um remate de Carrillo que foi desviado por Paulo Lopes para o poste, depois o golo da total tranquilidade, aos 77’, quando Schaars aproveitou da melhor maneira uma bola que surgiu á entrada da área oriunda de um ressalto para facturar.


Até ao final do jogo, não houve mais situações para o resultado sofrer alterações. Com esta vitória, o Sporting continua a três pontos dos líderes FC Porto e Benfica, conseguiu ultrapassar o Braga na tabela classificativa e fica á espera do que faz amanhã o Marítimo para saber se fica isolado no 3º lugar.


Quanto às equipas, creio que o Feirense teve uma boa atitude durante todo o jogo.
Defendeu bem, com dois “pivots” defensivos no meio-campo sempre em cima de Schaars e Elias, impedindo-os de apoiar Capel e Matías nos flancos, e sempre que possível, tentou atacar, criando mesmo algumas situações de perigo.
Com a expulsão e o golo sofrido, era difícil reverter os acontecimentos, mas foi uma formação que fez o que pôde e mostrou argumentos.
Os extremos Carlos Fonseca e Miguel Pedro pela pressão e pela ameaça que representam impediram subidas mais frequentes de Insúa e João Pereira pelas laterais e isso condicionou o jogo ofensivo dos leões.

Quanto ao Sporting, teve duas partes distintas no jogo. Uma primeira em que actuou coxa, atacando somente por uma ala, a esquerda, e daí o desgaste precoce de Capel que o obrigou a sair mais cedo que habitual.
Volto a bater na mesma tecla, Elias e Matías não podem jogar ao mesmo tempo, os leões não conseguem atacar a toda a largura e já com o Gil Vicente mostrou imensas dificuldades nas transições ofensivas, a diferença é que frente aos homens de Barcelos conseguiram marcar cedo na sequência de uma bola parada e fizeram o 2-0 na conversão de uma grande penalidade, aqui em Aveiro não tiveram essa sorte e foi preciso esperar muito mais para se ver um golo. A diferença de Carrillo para Matías na ala direita é da noite para o dia, e para o bem da equipa, é bom que Domingos Paciência se aperceba disso porque a produção ofensiva com o peruano em campo é muito superior. Diga-se de passagem que a expulsão também ajudou, não tanto em termos ofensivos porque o número de homens do Feirense lá atrás a defenderam eram os mesmos, mas os fogaceiros deixaram de atacar e o jogo tornou-se tranquilo.
Em termos individuais, Rui Patrício cumpriu quando foi chamado, João Pereira não subiu muito mas não esteve mal, Onyewu esteve impecável, Carriço na construção do jogo ofensivo já se sabe que só joga para trás e para o lado e que nas alturas é facilmente batido mas não comprometeu e Insúa apoiou menos Capel do que costume mas teve de se preocupar sobretudo com a sua missão defensiva.
Rinaudo esteve ao seu nível, Schaars teve uma grande exibição coroada com um golo fantástico, Elias teve um bom lance na primeira parte mas de uma forma geral tanto ele como o “fora do habitat” Matías estiveram apagados. Capel fez das suas mas face á insistência apenas no seu flanco e falta de apoio desgastou-se imenso e Wolfswinkel tal como há uns jogos para cá, tem andado desapoiado (curioso que este desapoio ao ponta-de-lança holandês tem coincidido com a inexistência de um extremo de raiz no lado direito). Quanto aos homens que entraram, Carrillo embora não tão explosivo fez das suas e atirou um míssil ao poste, Jeffren tem imensa qualidade mas estava sem ritmo e teve uma saída estranha e Bojinov não teve muito tempo para se mostrar.

sábado, 29 de outubro de 2011

Liga ZON Sagres | Benfica 2-1 Olhanense



O Benfica venceu esta noite o Olhanense por 2-1, no Estádio da Luz, em mais um jogo da Liga ZON Sagres.


Eis a constituição das equipas:

Benfica



O Benfica já se sabia que não podia contar com Javi Garcia, e por isso Matic avançou para o onze. Quem vai jogar nas alas é Bruno César e Gaitán, Maxi Pereira recuperou da lesão e joga na lateral direita em vez de Ruben Amorim, e no ataque e Rodrigo vai fazer companhia a Cardozo. Witsel fica no banco.
Os encarnados jogam um pouco debaixo de pressão porque se não conseguirem ganhar, não se irão colar novamente ao FC Porto no 1º lugar e podem ver o grupo de perseguidores (Braga, Sporting e Marítimo) aproximar-se.


Olhanense



O Olhanense tem feito um bom campeonato. Para uma formação que luta pela manutenção, estava á entrada para esta jornada no 6º lugar, fruto de três vitórias, dois empates (um deles em Alvalade) e duas derrotas, e um saldo de 9-8 em golos.
O jogador em destaque nesta temporada é Wilson Eduardo, internacional sub-21 emprestado pelo Sporting, que é o melhor marcador da equipa.


O Benfica entrou praticamente a ganhar, com um golo logo aos 25 segundos! Numa jogada na direita, Gaitán com um grande passe isolou Rodrigo que não perdoou. Ainda nem eu me tinha sentado tranquilamente no meu sofá para ver o jogo!

Os encarnados continuaram com um ritmo intenso, e aos 13’, voltaram a marcar! Maxi Pereira subiu pelo flanco na direita, cruzou rasteiro para a área onde estava Cardozo, mas Mexer cortou a bola no sentido no sentido da baliza e quem agradeceu foi Rodrigo que perto da linha de golo cabeceou lá para dentro. Estava feito o 2-0, tudo muito fácil para os vice-campeões nacionais. Dois golos cozinhados no flanco direito.

Com o assunto resolvido rapidamente, o restante tempo de primeira parte foi para gerir a vantagem e o esforço pelo Benfica, chegando ao intervalo com cerca de 70% de posse de bola, e com a menor intensidade que foram dando á partida, o Olhanense teve mais tempo para sair em ataque organizado, ainda que sem criar perigo.

Esta primeira parte estava a ter o interessante pormenor de que deve ter sido o período de 45 minutos com menos faltas na presente temporada com menos faltas cometidas.


Ao intervalo, Jorge Jesus tirou o apagado Aimar e colocou Witsel, mas começou a segundo tempo a sofrer um golo, logo aos 46’, com Wilson Eduardo a responder ao segundo poste a um cruzamento de João Gonçalves na direita. Quando se pensava que o jogo estava resolvido, eis que a vantagem dos encarnados agora era mínima e a qualquer momento podiam ficar em igualdade.

O Olhanense, mesmo com menos argumentos que o seu opositor, foi procurando atacar e chegando ao empate, mas o Benfica não foi nessa e quis voltar a ter dois golos de vantagem, e aos 64’, Matic atirou de cabeça á trave após canto cobrado por Bruno César.

Cinco minutos depois, a formação lisboeta até marcou, mas o golo foi (mal) anulado. Após um canto, Luisão desviou a bola para Cardozo que atirou para a baliza, mas o árbitro invalidou o tento. Fora-de-jogo não existiu e resta saber se foi marcada alguma falta.

O jogo não teve muitas oportunidades de golo, o Benfica estava por cima mas o resultado era perigoso e tivemos de esperar pelos descontos para ver novas ocasiões.
Primeiro, a equipa de Olhão leva toda a gente para a área na marcação de um canto que se viria a revelar inconsequente e no contra-ataque Saviola isola-se mas atrapalha-se e não consegue marcar.


Com esta vitória, os encarnados colam-se ao FC Porto na liderança da Liga ZON Sagres com 23 pontos.


Analisando as equipas, creio que o Benfica cumpriu os mínimos. Marcou dois golos cedo, pensou que já tinha o assunto resolvido e quando o Olhanense fez o 1-2 é verdade que não tremeu muito, mas o resultado era perigoso e as coisas podiam ter corrido de forma diferente.
Artur não teve culpa nos golos e não teve grandes oportunidades de brilhar, a defesa sofreu o “golito” do costume, Maxi fez uma assistência e Emerson esteve ao seu nível, não muito exuberante, nem pela positiva, nem pela negativa.
Matic foi discreto, traz menos agressividade e poder a construir jogo que Javi Garcia tem, Aimar esteve apagado, Bruno César tirando os cantos não teve muito em jogo, Witsel também pouco se viu e Gaitán foi o que deu mais nas vistas no meio-campo. Nolito esteve mexido mas não mexeu no jogo.
Rodrigo marcou dois golos e tem de ser considerado o melhor em campo e a figura do jogo, e Cardozo bem tentou acrescentar mais um tento á sua conta pessoal mas sem resultados.

Quanto ao Olhanense, foi uma equipa que demorou a acordar e que sentiu imensas dificuldades defensivas nos primeiros 15 minutos. Os ataques não foram muitos, raros na primeira parte e alguns na segunda, mas deu para ver que Wilson Eduardo é um jogador á parte nesta formação, e o próprio Salvador Agra (que entrou ainda no primeiro tempo) é muito irrequieto. De resto, de positivo pouco há a dizer, talvez tenha que referir o facto dos dois golos do Benfica serem do lado de Ismaily, isso pode ser o indicador de algo…

Premier League | Chelsea 3-5 Arsenal



Esta tarde, num magnifico jogo de futebol, o Arsenal foi a Stamford Bridge vencer o seu rival de Londres, o Chelsea, por 5-3, num jogo a contar para a 10ª Jornada da Premier League.


Eis a constituição das equipas:

Chelsea



O Chelsea começou a temporada a ganhar, mas pela margem mínima, com um futebol sem chama, e á medida que o tempo foi passando, o jogo colectivo da equipa de André Villas-Boas foi ganhando algum brilhantismo, chegando em alguns jogos a golear (4-1 ao Swansea, 5-1 ao Bolton e 5-0 ao Genk) e os “blues” e o treinador português estavam a ser alvos de rasgados elogios. Entretanto, na semana passada tudo se complicou no terreno do Queens Park Rangers, quando a equipa perdeu por 1-0 num jogo em que acabou apenas com nove unidades. Durante a semana, o tema de conversa foi mesmo as queixas de Villas-Boas á arbitragem (a federação inglesa tem mão pesada nestes casos) e também os alegados insultos racistas dirigidos por John Terry a Anton Ferdinand, jogador do QPR.
Em termos individuais, Juan Mata e Ramires pelo que tenho visto têm sido dois jogadores que dinamizam muito o jogo ofensivo, Fernando Torres está em ascensão de forma embora continue longe dos seus tempos áureos de goleador, Bosingwa tem feito uma boa temporada, Lampard começou mal voltou a ser um jogador nuclear e Raúl Meireles tem-se revelado uma grande contratação.


Arsenal



O Arsenal começou muito mal a temporada, ressentiu-se imenso das saídas de Fabregas e Nasri, com algumas derrotas, uma delas bem humilhante no terreno do Manchester United (2-8), que fez mesmo tremer o cargo de Arsène Wenger.
No entanto, comandados essencialmente pelo seu melhor jogador e marcador, Robin Van Persie, têm conseguido recuperar na tabela classificativa, estando perto dos lugares que dão acesso às competições europeias, somando três vitórias nos últimos quatro jogos na Premier League, e estando numa série de duas vitórias consecutivas, o que parece pouco mas já não acontecia desde Fevereiro.
Para que conste, ainda não tinha visto nenhum jogo dos “gunners” esta temporada.


O Chelsea começou muito bem no jogo, sobretudo a partir de passes em profundidade para as costas da defesa, com as bolas a passarem entre o central e o lateral do Arsenal, e com este inicio forte, o adaptado Djourou a lateral-direito sentiu muitas dificuldades face às subidas de Ashley Cole pela esquerda.

No flanco direito, passava-se praticamente o mesmo, no entanto, Sturridge, responsável pelo último passe, muito veloz com a bola nos pés mas lento a pensar, numa jogada que deu tudo para dar em golo de Torres que estava isolado no centro da área, complicou demasiado e o seu cruzamento rasteiro foi facilmente antecipado por Szczesny.

A defesa muito subida do Arsenal estava a sentir muitas dificuldades face a estas bolas bombeadas para as suas costas, no entanto, os “gunners”, em dois ataques praticamente seguidos comandados pelo muito veloz Theo Walcott pela direita, conseguiu fazer a cabeça em água a Ashley Cole e dois passes mortíferos para o coração da área, que não foram concluídos com sucesso, primeiro por Gervinho, e depois por Van Persie.

Com uma ameaça chamada Walcott, Cole deixou praticamente de subir e a partir daí Djourou teve uma tarde bem mais tranquila.

No entanto, aos 14’, foi mesmo o Chelsea a marcar! Terry executou um excelente passe longo para Mata que numa situação rara estava na ala direita, e cruzou para a área onde Lampard de cabeça fez golo.

O tento obtido pelos “blues” acalmou o ritmo do jogo, porque os homens da casa tentavam agora arrefecer a partida, sair em ataque organizado, correr menos riscos e fazer os jogadores do Arsenal correrem atrás da bola.
Só quinze minutos depois do golo a equipa de Villas-Boas criou uma nova oportunidade, com um grande passe de Lampard a isolar Sturridge mas este acertou nas orelhas da bola e desperdiçou uma grande ocasião de ampliar a vantagem.

Os “gunners” por esta altura estavam a ter o esférico mais tempo em sua posse, e Ramsey com um excelente passe isolou Gervinho que na cara de Cech assistiu Van Persie á sua esquerda para empatar o jogo, aos 36’.

Três minutos depois o Chelsea viu um golo seu ser anulado por fora-de-jogo a Sturridge, mas já nos descontos da primeira parte, após um canto de Lampard, Terry antecipou-se a Mertesacker e com um desvio subtil com o pé a meia altura empurrou a bola para a baliza, fazendo assim o 2-1.


Na segunda parte, o Arsenal entrou fortíssimo como lhe convinha, e após algumas oportunidades falhadas, marcou quatro minutos após o interregno, por André Santos, lateral que apareceu isolado nas costas da defesa pelo lado esquerdo e atirou em jeito por entre as pernas de Petr Cech.

Mal o jogo recomeçou, Ashley Cole apareceu no lado esquerdo com muito perigo, mas foi atropelado pelo guardião forasteiro. Pediu-se o cartão vermelho mas o árbitro ficou-se pelo amarelo.
Na marcação do livre, Lampard obrigou o próprio Szczesny a fazer uma defesa muito complicada.

Como quem não marca, arrisca-se a sofrer, a formação de Arsène Wenger colocou-se pela primeira vez em vantagem no jogo. Aos 56’, Walcott na direita tem uma grande jogada em que acabaria por cair, levantar-se e mesmo assim ser mais rápido que todos os defesas e na cara de Cech fazer o 3-2.

O Chelsea lidou mal com a desvantagem, porque tinha a obrigação de vencer este jogo e porque já o teve na mão, e por isso muitas vezes os jogadores actuavam em desespero, fora das suas posições e com inconsequência no último terço.
Villas-Boas mexeu e colocou em campo Malouda, Lukaku e Raul Meireles, já Wenger, porque lhe convinha manter a posse de bola, retirou Walcott e fez entrar Rosicky.

Os “blues” continuavam com as mesmas dificuldades, e o tempo não jogava a seu favor até que numa jogada algo confusa, aos 80’, em que se pediu uma falta de Lukaku, Meireles colocou a bola em Mata que do meio da rua tentou a sua sorte e marcou: 3-3, mas que grande jogo!

Com maior responsabilidade por jogar em casa e ser um assumido candidato ao título, esperava-se que a formação de Stamford Bridge fosse quem procurasse mais o golo nos últimos minutos, no entanto, num atraso de Malouda para Terry, este escorrega e Van Persie consegue ficar isolado, driblou Cech e fez o 4-3 para a sua equipa a cinco minutos dos descontos.

O Chelsea desesperadamente lançou-se no ataque em busca do empate, mas foi o Arsenal que voltou a marcar, novamente por Robin Van Persie, numa jogada ofensiva conduzida com bastante calma o holandês rematou forte á entrada da are e fez um grande golo.

O jogo acabaria em 5-3 e com esta vitória o Arsenal soma 16 pontos, menos três que o seu opositor desta tarde.


Analisando as equipas, o Chelsea, como já se sabia, apareceu neste jogo com algumas ausências, sendo as mais importantes Essien e Drogba, atletas que teriam sido muito úteis visto que no meio-campo o ganês daria algo que Obi Mikel não tem e o costa-marfinense seria no mínimo uma alternativa ao desinspirado Torres.
Quanto ao resto, Cech não teve culpa nos golos, Terry só falhou naquela escorregadela, de Ivanovic não há muito a dizer, Bosingwa esteve furos abaixo do habitual, Ashley Cole esteve ao seu (grande) nível mas é difícil ter uma exibição a roçar a perfeição quando se tem Walcott pela frente.
Obi Mikel jogou em vez de Meireles para compensar melhor defensivamente, mas acrescentou pouco na construção de jogo, Ramires esteve menos em jogo do que costume, Lampard esteve fantástico na primeira parte e desaparecido na segunda, Sturridge é bom tecnicamente e sobretudo veloz, mas falta-lhe mais rapidez a pensar, Mata é o mais inconformado desta equipa e Torres passou ao lado do jogo. Malouda não acrescentou nada ao jogo, e Lukaku e Meireles ainda participaram na jogada do 3-3.
Faltam mais argumentos a este Chelsea, sobretudo na ala direita e no centro do ataque, e uma prova disso é que o melhor marcador da equipa é um médio (Lampard).

Quanto ao Arsenal, a nível defensivo não é flor que se cheire mas com o resultado a seu favor consegue defender bem, embora seja visivelmente desequilibrada.
O seu guarda-redes viu uma expulsão ser-lhe poupada, Mertesacker estava mal posicionado nos dois primeiros golos do Chelsea, Koscielny também falhou especialmente na primeira parte naqueles passes entre ele e André Santos, que marcou, e teve os seus bons e maus momentos.
Song fez um grande passe para o terceiro golo dos “gunners”, Arteta e sobretudo Ramsey são dois jogadores muito activos e com grande qualidade de passe, Walcott é um extremo muito vertical, muito veloz e que fez a cabeça em água a Ashley Cole (que é só um dos melhores laterais do mundo), Gervinho sem a mesma qualidade que o inglês é também ele “chatinho” e quando a Van Persie, creio que o “hat-trick” que marcou fala por si.

sexta-feira, 28 de outubro de 2011

Liga ZON Sagres | FC Porto 3-0 Paços de Ferreira



Esta noite o FC Porto venceu o Paços de Ferreira por 3-0, no Estádio do Dragão, no jogo de abertura da 9ª Jornada da Liga ZON Sagres.


Eis a constituição das equipas:

FC Porto



Os dragões voltaram aos triunfos no passado fim-de-semana após uma convincente vitória frente ao Nacional (5-0) em casa. Nesse jogo, Vítor Pereira (cunhado de Luis Miguel, treinador dos pacenses) efectuou uma autêntica revolução na equipa, relegando alguns dos habituais titulares para o banco de suplentes e dando a oportunidade a jogadores com menor utilização, apesar de indiscutível qualidade e esta noite repetem o mesmo onze.
Os portistas procuram aqui uma vitória que os possa colocar pelo menos por um dia na liderança isolada na Liga, e pressionar o Benfica que só amanhã joga, no entanto, o Paços de Ferreira no passado recente tem-se revelado uma equipa complicada para os azuis-e-brancos, visto que os castores empataram nas últimas duas vezes que jogaram no Dragão.


Paços de Ferreira



O Paços tem feito um campeonato um pouco aquém das expectativas, ocupando o último terço da tabela classificativa. Pelo que vi esta temporada (jogos com Sporting e Benfica), deu para ver que tem uma defesa fraca, bastante permissiva a oportunidades de golo dos adversários e tem uma atitude muito diferente jogando na Mata Real ou fora, mostrando o tal “jogar á Paços” quando actua em casa, no entanto, fora de portas, tem muita dificuldade em fazer as transições ofensivas.
No ataque tem alguns bons jogadores, como Caetano (vice-campeão do Mundo de Sub-20), Melgarejo (emprestado pelo Benfica e recentemente chamado á selecção do Paraguai), William (melhor marcador de sempre do Paços no campeonato português) e sobretudo Michel (melhor marcador da presente temporada, um poço de força e um jogador igualmente muito bom tecnicamente, que é facilmente comparado com Hulk pelo físico e pelo estilo). Josué, que actua no meio-campo, é internacional sub-21 e um atleta muito útil na marcação de bolas paradas.


Os pacenses entraram bem mais atrevidos no Dragão em comparação à forma como jogaram na Luz, e nos primeiros minutos, até atacaram mais, jogando em alta intensidade, no entanto, já se sabe, há medida que o tempo foi passando o FC Porto foi assumindo uma postura mais dominante na partida, mas ainda assim, o Paços manteve-se organizado defensivamente, nunca permitindo que os jogadores de azul e branco chegassem demasiado perto da sua baliza, e as principais oportunidades dos campeões nacionais até foram por remates de fora da área, também por demérito da equipa que não soube acelerar mais.

Aos 10’, os portistas têm a primeira grande oportunidade de golo, quando na resposta a um cruzamento de Alvaro Pereira na esquerda Belluschi respondeu com um cabeceamento para grande defesa de Cássio.

Cinco minutos depois, o criativo médio argentino dos dragões acertou na malha lateral na cobrança de um livre directo, e pela reacção dos adeptos, houve a ilusão de óptica de que a bola tinha entrado na baliza.

O FC Porto foi subindo de produção a partir daquela fase mais intensa dos castores, Hulk e Varela trocaram de alas e numa jogada do extremo português pela direita, ao tentar fazer o cruzamento envia a bola á trave após ligeiro desvio do guarda-redes do Paços.

Pouco depois da meia hora, os forasteiros reagiram e numa bola bombeada para o ataque que parecia controlada por Sapunaru e Rolando, Melgarejo acreditou que podia chegar ao esférico, antecipou-se aos defesas e isolado na cara de Helton atirou ao lado. Este lance perigoso levou ao inicio de um coro de assobios no Dragão.

Já nos descontos do primeiro tempo, após um cruzamento de Alvaro Pereira do lado esquerdo, ao tentar aliviar a bola Luisinho chutou contra Melgarejo e a bola caprichosamente entrou na baliza pacense. Estava feito o 1-0, mesmo numa altura crucial.


Para a segunda parte, Vítor Pereira reconheceu o fraco desempenho da equipa até então e no intervalo deixou logo Defour no balneário e fez entrar João Moutinho, uma alteração que se veio a revelar acertada.

Aos 51’, após mais uma subida no lado esquerdo por Alvaro Pereira (sim, ele fez todo o flanco e muitas vezes até funcionou como extremo), este cruza e encontra Walter que conseguiu fazer o mais difícil, atirar por cima.

Nesta fase, ambas os treinadores mexeram na equipa. Vítor Pereira retirou de campo Hulk e Walter para colocar James Rodríguez e Kléber, e Luís Miguel fez entrar Michel para o lugar de William, e assim que o “Hulk da Mata Real” entrou fez um remate muito forte que Helton desviou para canto.

Logo após o período as alterações, o FC Porto voltou a marcar, e nada mais, nada menos de que numa jogada que envolveu os três jogadores que começaram no banco e entretanto entraram. João Moutinho tem um excelente trabalho no qual passa por um adversário, coloca a bola no meio em James (que apareceu quase sempre a “10” libertando o flanco esquerdo para Alvaro Pereira) que rematou ao poste e na recarga Kléber fez golo.

A partir daqui, o Paços conformou-se com a derrota, nada ou pouco atacou e o FC Porto, com alguns momentos de brilhantismo, foi mantendo a bola em sua posse e parecia agora uma formação diferente do que aquela que tinha entrado no jogo.

Assim, foi sem surpresa que fizeram o 3-0, aos 84’. Após mais uma (!) subida de Alvaro Pereira, Kléber recepcionou de forma deficiente um cruzamento do lateral uruguaio, no entanto, com sorte a bola sobrou para atrás onde estava João Moutinho que atirou para o fundo das redes.


Chegou assim o jogo ao fim, e com esta vitória, o FC Porto passa pelo menos um dia na liderança isolada da Liga, e fica á espera do que o Benfica fará amanhã diante do Olhanense.


Fazendo uma análise às equipas, os azuis e brancos fizeram mais uma exibição sem grande fantasia, sobretudo na primeira parte, mas ainda assim, tal como com o Nacional, chegaram ao primeiro golo em lances fortuitos, e depois, a jogar em casa, tornou-se tudo mais fácil.
Mas quem ganha tem sempre razão, e os comandados de Vítor Pereira marcaram oito golos nos últimos quatro jogos, algo que não está ao alcance de qualquer equipa, muito menos de uma que não produz um futebol de grande qualidade.
Para mim o melhor jogador em campo foi Alvaro Pereira que aproveitou a tranquilidade que estava a ter nas suas funções defensivas para atacar mais e funcionar praticamente como um extremo, e dada a sua qualidade no que concerne a cruzamentos (esteve em dois golos e podia ter estado em mais se Walter não desperdiçasse aquela oportunidade logo no começo da segunda parte), a equipa adaptou-se a essa situação e compensou muito bem defensivamente por Fernando e também por Sapunaru que raramente subiu pela direita, e como já disse, quando James entrou em campo, em vez de ocupar a ala esquerda colocou-se a “10”, por detrás de Kléber.
Helton não teve grande trabalho, Sapunaru como já disse raramente subiu e a defender ficou mal na fotografia quando Melgarejo lhe ganhou um lance que parecia perdido, Rolando também não esteve bem nessa situação mas de uma forma geral foi sólido, Mangala fez uma exibição muito boa e actuou como um autêntico patrão no eixo defensivo do FC Porto.
Fernando esteve bem, Defour acrescentou pouco, Belluschi viu-se em algumas jogadas mas não fez grande exibição e Moutinho ajudou e muito a mexer com o jogo na segunda parte.
Hulk esteve apagado, Varela esteve em jogo, fez um cruzamento/remate que embateu na trave mas nunca foi explosivo, Walter não cumpriu a sua função que era marcar mas Kléber mal entrou compensou-o. James agitou as águas e provou que a sua queda de forma no jogo com o APOEL foi um caso isolado. Como tinha dito nos primeiros jogos que vi desta formação esta temporada, é talvez o melhor jogador da equipa, e ainda tem uma enorme margem de progressão.

Quanto ao Paços, gostei da sua atitude, atrevidos e ao mesmo tempo sólidos a defender, bem melhor do que o que vi deles na Luz.
Deu para ver mais de cada jogador, creio que a dupla de centrais é boa, especialmente Eridson. Luisinho também defendeu bem mas teve azar no primeiro golo.
Luiz Carlos é bom jogador, Josué viu-se menos mas também tem qualidade, Melgarejo parece-me ser sobrevalorizado por ir á selecção do Paraguai mas é muito veloz e “chatinho” para as defesas, William está em decadência de época para época mas tem alguns dotes de ponta-de-lança e Michel é aquele jogador que não se percebe porque mais uma vez começou o jogo do banco. O flanco direito composto por Filipe Anunciação e Manuel José foi um sossego para o bastante ofensivo Alvaro Pereira, e Caetano quando entrou pouco poderia fazer.
Mas vi mais argumentos dos pacenses neste jogo, creio que estão longe de ser das piores equipas do campeonato e que só com muito azar não conseguirão a manutenção de uma forma tranquila.

quinta-feira, 27 de outubro de 2011

Liga BBVA | Athletic Bilbao 3-0 Atlético Madrid

Esta noite, o Athletic Bilbau venceu no País Basco o Atlético Madrid por 3-0, num jogo a contar para a Liga BBVA.
Eis a constituição das equipas:
Athletic Bilbao
O pouco que sei sobre o Athletic é que tem alguns jogadores da selecção espanhola como Iraola, Javi Martínez e Llorente (melhor marcador da equipa), todos eles titulares esta noite.
Ocupava o 12º lugar à entrada para este jogo, com 9 pontos, fruto de duas vitórias, três empates e três derrotas, e um “score” de 11-11 em golos. Na Liga Europa, lideram o seu grupo que conta ainda com Paris SG, Salzburgo e Slovan Bratislava.


Atlético Madrid

O Atlético Madrid está uma posição acima que o Athletic à entrada para este jogo, no 11º lugar, com 10 pontos, derivado de duas vitórias, quatro empates e duas derrotas, e um saldo de 9-7 em golos, seis dos quais apontados por Radamel Falcao, o melhor marcador da equipa, confirmado os dotes de goleador que já tinha mostrado no FC Porto. Na Liga Europa ocupam o 2º lugar do seu grupo que é liderado pela Udinese e tem ainda Celtic e Rennes.
Ainda não vi nenhum jogo desta temporada, no entanto, conheço de perto alguns jogadores por terem actuado no campeonato português, que para além de Falcao na equipa titular do Atleti são Sílvio, Paulo Assunção, Diego e Reyes.

Com duas equipas que não estão a ter desempenhos que satisfaçam os seus adeptos, o jogo na primeira parte foi essencialmente disputado a meio-campo e sem grandes momentos de brilhantismo.

As primeiras oportunidades até pertenceram aos “colchoneros”, primeiro José Antonio Reyes, que fez uma diagonal da direita para o meio e atirou de pé esquerdo um pouco por cima da trave.

Poucos minutos depois, foi Radamel Falcao a aparecer em velocidade a flectir da esquerda para uma posição central mas o seu remate foi defendido por Iraizoz.

Aos 17’, Amoerebieta saiu lesionado e deu o seu lugar a San José e a por volta desta altura os bascos acordaram e começaram a aproximar-se da área contrária, tendo como principal referência no ataque o internacional espanhol Fernando Llorente que rematou forte de fora da área permitindo uma defesa a Courtois, que acabou por não ser vista pelo árbitro e que por isso foi marcado um pontapé de baliza.

O jogo continuava essencialmente disputado a meio-campo, no entanto, se numa primeira fase parecia ligeiramente inclinado para os homens da capital espanhola, neste período inclinou-se mais para o lado do Athletic que conseguia chegar com mais facilidade à baliza contrária, e ainda antes do intervalo, De Marcos, á entrada da área, rematou forte para a grande defesa de Courtois.

Na segunda parte, previa-se que ambas as equipas procurassem desbloquear o resultado mas nos primeiros 15/20 minutos foram sempre inconsequentes, proporcionaram um jogo morno, sem grandes motivos de interesse e em que permanecia o impasse e a monotonia, sendo que a primeira ocasião de golo digna desse nome no segundo tempo, só apareceu praticamente quando se assinalou uma hora de jogo, através de um cabeceamento de De Marcos ao lado ao dar sequência a um cruzamento de Aurtenetxe.

Finalmente, aos 67, um golo! Os jogadores do Athletic conseguiram recuperar uma bola do lado esquerdo á entrada da área dos “madrileños”, e Susaeta consegue colocar a bola em Llorente que a desviou para a baliza beneficiando de um ressalto em Filipe Luis.

O Atleti acusou o golo sofrido e poucos minutos depois viria a sofrer o 0-2, após um cruzamento milimétrico na direita de Toquero (entrou na segunda parte), Llorente antecipa-se aos defesas adversários e num cabeceamento de cima para baixo conseguiu bisar no encontro.

No entanto, a festa não terminara aqui, e aos 74’, após um livre na esquerda batido com o pé direito por Ander Herrera, Toquero desviou de cabeça para o 3-0. Três golos em sete minutos dos homens de Bilbao! Jogo resolvido em pouco tempo quando parecia monótono e sem rumo.

Com um vencedor encontrado, até ao final do jogo o Athletic tirou o pé do acelerador e a antiga equipa de Paulo Futre foi chegando algumas vezes junto da área adversária para tentar o golo de honra, especialmente por um remate de Salvio aos 90+2’, no entanto, o resultado não sofreu alterações.

Com esta vitória os bascos conseguiram ultrapassar o seu oponente desta noite na tabela classificativa e ficaram mais próximos dos lugares que dão acesso às competições europeias.

Analisando as equipas, posso começar por dizer que o árbitro deste encontro é tão mau ou pior como muitos dos que se vêem em Portugal, e em Espanha as criticas á arbitragem começam-se a tornar cada vez mais usuais.

Em relação ao Athletic Bilbao, foi uma formação a quem as substituições fizeram bem, que está numa boa série de resultados (sete jogos sem perder, cinco deles para o campeonato) e que pode fazer coisas boas neste campeonato ainda que tenha sentido bastantes dificuldades para desbloquear o resultado.
É um clube com cultura, só jogam lá jogadores bascos (e aqui inclui-se atletas com descendência basca ou que vivam nessa região há alguns anos) e que maioritariamente são oriundos dos seus próprios escalões de formação, mas mesmo assim, apesar das limitações de recruta de talento, nunca desceu de divisão e geralmente não tem dificuldades em manter-se no principal escalão espanhol e até qualificar-se para as competições europeias. A nível de jogadores, esta noite tenho que destacar acima de tudo Llorente que é a grande referência da equipa, um ponta-de-lança de muito valor, um goleador que nos últimos trinta metros é um perigo à solta. De Marcos também me pareceu um jogador muito irrequieto, e porque não falar de Gaizka Toquero que entrou na segunda parte e ainda foi a tempo de fazer uma grande assistência e um golo?

Quanto ao Atlético Madrid, é indiscutível que há talento naquela equipa em todos os sectores, especialmente no ataque. A qualidade de Falcao é incontestável e os homens que jogam atrás de si são de nomeada, o problema está na conexão entre o ponta-de-lança colombiano e os três médios mais ofensivos. O ex-goleador do FC Porto parece estar sempre muito desapoiado porque Diego vai buscar jogo muito atrás, e Reyes e Arda Turan apesar das muitas diagonais geralmente acabam por optar pelo remate, e quando a bola é colocada em Falcao, há muito pouco espaço para trabalhar e conseguir levar perigo á baliza adversária.
Pergunto-me porque razão em vez de tantas diagonais, os extremos do Atlético não tenham indicações para serem mais verticais, percorrem os corredores e tentarem através de cruzamentos apostar no jogo directo no qual “El Tigre” já demonstrou no FC Porto que é muito forte?
O meio-campo é muito bom, é forte na circulação de bola ainda que não sei até que ponto não será exagerado ter dois “pivots” defensivos em vez de um trinco e um “box to box”, mantendo Diego numa posição mais ofensiva no centro do terreno mas talvez mais descaída para um dos lados, que seriam alternados por ele e compensados pelo tal “box to box”.
Parece faltar algo a esta equipa, mas não é de agora, é já de há alguns anos! Há talento sem dúvida, há lá jogadores que deixaram marcas nos grandes clubes em que jogaram e outros que quando saem do Atlético continuam a ter sucesso (ex: Agüero), no entanto, parece faltar uma mentalidade ganhadora, um entrosamento que permita que o clube consiga estabilizar nos lugares de acesso às competições europeias e ser mais regular. Esta noite apresentaram um futebol q.b. nos primeiros 15/20 minutos, onde pareciam ter o campo ligeiramente inclinado a seu favor, mas depois, foram perdendo gradualmente esse ascendente e nunca mais se levantaram.
Quanto aos portugueses em campo, fiquei com a noção de que Sílvio fez um bom trabalho, no entanto, merecia ter sido expulso após uma entrada duríssima já no final do jogo que nem lhe valeu sequer um cartão amarelo. Já Pizzi entrou para jogar os último quarto de hora e pouco ou nada se viu dele.

quarta-feira, 26 de outubro de 2011

Serie A | AC Milan 4-1 Parma



O AC Milan venceu esta noite o Parma por 4-1, em San Siro, num jogo a contar para a Liga Italiana.


Eis a constituição das equipas:

AC Milan



Já há uns bons anos que não vejo um jogo do AC Milan. São os actuais campeões italianos, acabando com a hegemonia do Inter que já durava há algum tempo, começaram mal o campeonato este ano, no entanto, estão-se a erguer e já estão a pouco pontos da liderança.
Na Liga dos Campeões estão a fazer uma óptima campanha, conseguindo empatar em Camp Nou e ganho os restantes dois jogos.
Boateng é neste momento o melhor marcador da equipa, após um “hat-trick” frente ao Lecce no último fim-de-semana (vitória por 4-3, após estar a perder por 0-3).


Parma



Do Parma à entrada para este jogo ainda sei menos. Praticamente desconhecia quem fazia parte do plantel à excepção de Jaime Valdés, chileno emprestado pelo Sporting, que até marcou no mais recente jogo da sua equipa, frente ao Atalanta (derrota por 1-2).
Na época passada ficou em 12º na Serie A, e em 2011/2012 para já foi ocupando posições semelhantes na tabela classificativa.
Giovinco parece ser um jogador apetecido por alguns dos principais emblemas europeus.


O Milan, com muitas ausências, entrou mal no jogo, permitiu que o Parma atacasse muitas vezes e trocasse a bola no seu meio-campo. Foi assim durante os primeiros 15/20 minutos, sempre com Giovinco como principal dínamo dos forasteiros, ainda que com Valdés no apoio.

Foi mesmo dos pés do italiano que apareceu a primeira ocasião de golo, num remate que saio ao lado da baliza de Abbiati, aos 14’.

Após este susto, os “rossoneri” acordaram, ainda que lentamente, e poucos minutos depois, Taiwo subiu pelo flanco esquerdo e rematou cruzado ao lado.
Aos 26’, Zlatan Ibrahimovic de muito longe atira rasteiro mas a bola acabaria por passar perto da malha lateral.

O Parma haveria de responder, na sequência de um canto, Zaccardo cabeceia para uma grande defesa de Abbiati que impediu a bola de ir para a zona de finalização onde estava Valdés. No entanto, o guarda-redes italiano não ficou bem na fotografia porque não conseguiu sacudir o esférico num primeiro instante.

Se o Milan tinha respondido bem ao primeiro lance perigoso do seu adversário, então a este ainda respondeu melhor, com um golo. Aquilani ainda no seu meio-campo bombeia a bola para as costas da defesa para Ibrahimovic que a controlou, contemporizou e assistiu Nocerino, que após se ter antecipado aos defesas e ter ganho um ressalto, com um toque subtil fez o 1-0 aos 30’.

Ainda se celebrava o golo e Nocerino já fazia o 2-0, mas que remate! Após uma bola cortada de cabeça pelos centrais do Parma, a bola sobrou para Nocerino que á entrada da área a amorteceu com o peito e de pé esquerdo atirou forte para o fundo das redes.

Nos minutos após o tento, os comandados por Franco Colomba acusaram a situação desfavorável, até porque há alguma frustração já que não estavam a jogar mal, e só conseguiram reagir perto do intervalo por um remate de Jaime Valdés que não passou muito por cima da baliza milanesa.


Na segunda parte, a equipa de Milão tinha como principal objectivo gerir a vantagem através de uma elevada posse de bola sobretudo dos seus jogadores do meio-campo, ter disciplina táctica a defender e se se proporcionar, marcar mais.

Nesta fase, o jogo tornou-se um pouco aborrecido, mas melhorou ligeiramente quando o AC Milan sentiu confiança em avançar no terreno e procurar o terceiro, sobretudo após dois remates perigosíssimos de Aquilani para duas grandes defesas de Mirante, o primeiro num cabeceamento após canto de Cassano e o segundo num tiro de longe, após largos segundos de posse de bola por parte dos “rossoneri”.

Depois, um jogador que eu até desconhecia o seu valor, Abate, lateral-direito dos campeões italianos, teve uma grande jogada no flanco direito, assistiu Ibrahimovic para a entrada da pequena área e este atrasou para Cassano, no entanto, o avançado italiano complicou muito e acabou por atirar por cima.

Aos 73’, finalmente novo golo do Milan. Mais uma bola bombeada pelo ar para os jogadores mais ofensivos é cabeceada por Cassano que assim isolou Ibrahimovic que ganhou a luta corporal com Feltscher e na cara de Mirante não perdoou.

Pouco tempo depois, é a vez de Robinho (que entretanto entrou na partida) a surgir isolado mas o brasileiro permitiu mais uma grande defesa do guarda-redes italiano.

No minuto seguinte, Biabiany (outro que entrou na segunda parte, este para o Parma) tem um excelente trabalho no seu meio-campo ofensivo e colocou a bola em Giovinco que surgiu do lado esquerdo á entrada da pequena área e atirou para o 1-3.

Nesta fase, e com dez minutos para jogar, os forasteiros ainda tentaram qualquer coisa neste positivo, aproximando-se da baliza dos milaneses, no entanto, nunca conseguiram grandes oportunidades de reduzir a desvantagem, o tempo foi passando, e aos 90+2’, Cassano tem um grande trabalho do lado direito e de pé esquerdo picou a bola que Nocerino cabeceou para o 4-1, fazendo desta forma um “hat-trick”.

Com esta vitória, o Milan aproxima-se da liderança, somando 14 pontos (menos dois que a líder Juventus) e conseguiu dar mais um salto na classificação.


Analisando as formações, creio que os “rossoneri” têm uma equipa muito boa, com uma defesa sólida, um meio-campo bastante forte e com capacidade de circulação de bola e um ataque capaz de fazer golos.
E se olharmos para a lista de ausentes que inclui Nesta, Mexès (entrou no jogo mas ainda não estava a 100%), Seedorf, Van Bommel (habitual titular que foi poupado hoje e esteve no banco) e Alexandre Pato, penso que isto diz tudo sobre a qualidade desta formação.
Apresentaram-se com um 4-3-1-2 com uma linha de meio-campo que pouco sobe, dois laterais muito ofensivos e um jogador (neste caso Boateng) que faz a ponte entre os três médios e os dois avançados. Uma sistema diferente do que aqueles que habitualmente vemos nas principais ligas europeias.
Se tiver que destacar jogadores tenho de mencionar Nocerino claro, que marcou um “hat-trick” e foi o homem do jogo. No entanto, gostei dos pormenores do lateral Abate que mostrou agressividade e qualidade a defender e a atacar, mostrando até mais que Taiwo, que mesmo assim também esteve bem. Aquilani é impressionante, não falha um passe! Ibrahimovic parece que anda sempre chateado e que está a fazer um “frete” mas é um génio, não haja dúvidas! Cassano é de extremos, consegue complicar em demasia como também sacar lances de pura magia como a assistência para o quarto golo.

Quanto ao Parma, foi uma equipa que se bateu bem até se encontrar em desvantagem e que mostrou ter bons jogadores do meio-campo para a frente, falo sobretudo de Giovinco, a grande estrela da equipa, no entanto, Valdés e Biabiany também mostraram bons pormenores.
Penso que é uma formação para ocupar os primeiros lugares da segunda metade da tabela.

segunda-feira, 24 de outubro de 2011

WWE | Vengeance 2011



Data: 23 de Outubro de 2011
Arena: AT&T Center
Cidade: San Antonio, Texas

Liga ZON Sagres | Sporting 6-1 Gil Vicente



O Sporting goleou esta noite o Gil Vicente por 6-1, num jogo disputado no Estádio José Alvalade a contar para a Liga ZON Sagres.


Eis a constituição das equipas:

Sporting



O Sporting procurava aqui a nona vitória seguida e para tal acontecer, voltava a contar com os contributos de Onyewu, Insúa e Elias, que não puderam ajudar a equipa na passada quinta-feira frente ao Vaslui.
A novidade no onze foi Elias e Matías actuarem em simultâneo, algo que já vinha a ser dado como possível, mas pouco provável. Pereirinha nem convocado foi e Carrillo foi suplente. Onyewu pode não estar ainda completamente recuperado da sua lesão e por isso também se sentou no banco de suplentes, sendo a dupla de centrais Carriço e Polga.


Gil Vicente



Confesso que ainda não vi nenhum jogo desta equipa, que pelo que a estatística mostra, está a fazer um campeonato muito razoável, ocupando uma posição a meio da tabela.
Na actual temporada já empatou frente ao Benfica (2-2, logo na primeira jornada) e esteve a ganhar no Dragão (embora tivesse perdido por 3-1), mas que na semana passada viveu um momento algo humilhante ao ser eliminado da Taça de Portugal pelo Torreense, uma modesta equipa da II Divisão.
Pelo que tenho lido, a estrela da companhia é Hugo Vieira, um jovem atacante português, no entanto é Cláudio, defesa-central, o melhor marcador da equipa, com quatro golos apontados (três foram de “penalty”).
Por curiosidade, nenhum foi opção para Paulo Alves.


O Sporting não entrou a matar mas entrou forte e aos 7’ já se encontrava em vantagem.
Após um canto de Matías na esquerda, um remate enrolado de Wolfswinkel sai torto e sobra para Polga que surgiu dentro da grande área do lado direito e cruzou para Carriço que á boca da baliza, cabeceou lá para dentro.

Nesta fase, já dava para ver o desenho táctico dos leões com Elias e Matías em simultâneo. Basicamente, ambos iam alternando entre si, jogavam os dois do lado direito, mas um no flanco e outro numa posição mais interior, mas com nem o brasileiro nem o chileno são jogadores muito rápidos, foram facilitando e compensando as subidas de João Pereira pela ala de forma a gerar desequilíbrios.

Os jogadores do Gil Vicente preenchiam bem os espaços, fechavam as linhas de passe dos leões e defendiam bastante bem, o que obrigava a equipa de Alvalade a fazer algo rápido e imprevisível de forma a chegar à frente, da mesma forma que esperava uma desconcentração na muralha gilista, e foi com bastante calma que iniciou mais um grande lance de perigo aos 21’. Depois de sucessivas trocas de bola na zona defensiva, o Sporting avançou no terreno com alguma intensidade numa triangulação entre João Pereira e Matías, na qual o lateral português tentou o chapéu ao guarda-redes Adriano, mas este respondeu com uma grande defesa para canto.

A partir daqui, Paulo Alves, treinador dos homens de Barcelos, retirou de campo o lesionado Pedro Moreira e colocou o mais criativo e ofensivo Guilherme, e nesta fase do jogo, a equipa subiu no terreno com algumas transições rápidas e também devido a lances de bola parada, ainda que os defesas do Sporting ou Rui Patrício acabassem por despachar as bolas com maior ou menor dificuldade.

Até ao final da primeira parte, houve apenas mais uma grande oportunidade de golo, novamente para a formação leonina, já nos descontos, Matías de livre directo obrigou Adriano a fazer uma grande defesa.


Na segunda parte o jogo começou equilibrado e bastante disputado sobretudo a meio-campo, mas o Sporting pelo sim pelo não quis alargar a vantagem e acabou por consegui-lo aos 58’, na conversão de uma grande penalidade por Wolfswinkel, o jogador que tinha sofrido a falta.

Três minutos depois, mais uma grande jogada em que João Pereira subiu pelo flanco direito, o lateral leonino cruzou para o segundo poste, onde aparece Diego Capel de uma forma fulminante a cabecear para o 3-0. A estocada final dada por um sevilhano!

Aos 65’, novo golo do Sporting: 4-0! Excelente jogada de contra-ataque iniciada por Wolfswinkel, dando a bola a Carrillo (recém-entrado no jogo para o lugar de Matías) que a levou até à grande área, e mesmo falhando um passe conseguiu ganhar o ressalto, rematou para a defesa de Adriano e na recarga Diego Capel voltou a marcar de cabeça.

Nesta fase a equipa da casa já estava totalmente tranquila no jogo, com a vitória assegurada, e Domingos Paciência acabou por esgotar as substituições, dando minutos a Diego Rubio e Bojinov, para as saídas de Rinaudo e Diego Capel.
Das bancadas surgiam aplausos e “Olés”, num clima de alegria como há muito não se via em Alvalade.

No entanto, no clima de festa, num lance em que a defesa do Sporting se encontrava desconcentrada, Roberto (que entrou na segunda parte) respondeu da melhor forma de cabeça a um cruzamento na direita aos 75’, para reduzir para o Gil Vicente.

Quatro minutos depois houve mais um motivo para festejar em Alvalade. Carrillo teve uma grande jogada pela esquerda e cruzou atrasado para a finalização certeira de Bojinov, que finalmente se estreou a marcar pelos leões. 5-1!

O Sporting ameaçou o sexto por algumas vezes, nomeadamente por Bojinov e Wolfswinkel, e acabou por consegui-lo já no tempo de descontos após mais uma grande jogada no lado esquerdo em que Diego Rubio cruzou para mais uma grande finalização do búlgaro, bisando assim no encontro.

O jogo terminou assim com uma vitória justíssima da equipa leonina, sem margem para quaisquer dúvidas, e continua apenas a três pontos do duo de líderes, enviando também um recado para os seus adversários directos, mostrando que deve ser levado a sério!


Analisando as equipas, pouco se pode apontar a uma equipa que ganha por 6-1!
O Sporting esteve sempre por cima do jogo, e mesmo quando o Gil subiu no terreno enquanto havia 1-0, a equipa manteve-se forte e tranquila, mostrou maturidade e conseguiu construir esta goleada.
Rui Patrício esteve bem quando foi chamado a intervir, João Pereira fez uma das suas melhores exibições de leão ao peito tanto a defender como a atacar, Polga teve algumas falhas inaceitáveis mas apenas quando o jogo já estava resolvido, Carriço esteve bem, tal como Insúa.
Rinaudo para mim até fez uma das suas exibições menos conseguidas, errando muitos mais passes do que costume, Schaars esteve ao seu nível e Matías e Elias estiveram bem nas suas funções, alternando entre si na ala direita e na posição de médio-interior-direito, ainda que na minha opinião jogando em simultâneo e nestas posições, o Sporting não consiga ter a intensidade de jogo que consegue ter com Carrillo. Uma dor de cabeça positiva para o treinador dos leões.
Capel esteve mais uma vez endiabrado e bisou na partida, e Wolfswinkel andou mais desaparecido do que costume mas lá marcou o seu golito, ainda que de grande penalidade. Carrillo mostrou com a sua presença em alguns dos golos do Sporting que quer recuperar a todo o custo a titularidade, Diego Rubio também esteve bem e Bojinov fez finalmente golos, e logo dois, o que certamente lhe dará confiança para os jogos que aí vêm!

Quanto ao Gil Vicente, creio que fez uma boa exibição até ao 0-2.
Apresentou sempre um bloco alto, boa organização, fechou bem os espaços e sempre que pôde teve as suas jogadas de ataque, ainda que sem grandes sustos para Rui Patrício até o jogo resolver-se.
Adriano apesar dos seis golos sofridos foi talvez o melhor dos minhotos e Luís Carlos, Laionel, Richard e Guilherme conduziram algumas movimentações ofensivas, é o que se pode destacar numa equipa que em termos gerais esteve homogénea.


Foi a nona vitória consecutiva do Sporting!

domingo, 23 de outubro de 2011

Liga ZON Sagres | FC Porto 5-0 Nacional



O FC Porto goleou esta noite o Nacional por 5-0, num jogo a contar para a 8ª jornada da Liga ZON Sagres.


Eis a constituição das equipas:

FC Porto



O FC Porto está numa “mini-crise” de resultados, visto que só ganhou dois dos seus últimos seis jogos, e este jogo segunda imprensa. Ainda assim, neste período despachou a Académica por 3-0 e o Pêro Pinheiro por 8-0, entrou nesta jornada na liderança do campeonato (partilhando-a com o Benfica), seguiu em frente na Taça de Portugal e continua com tudo em aberto na Liga dos Campeões.
Para este jogo, há algumas (grandes) surpresas: Mangala vai fazer dupla de centrais com Rolando em detrimento de Otamendi ou Maicon, Defour e Belluschi vão actuar no meio-campo, ocupando as vagas que geralmente são de João Moutinho e Guarín, Varela vai jogar no lugar de James, e Walter vai ser o ponta-de-lança, relegando Kléber para o banco de suplentes.


Nacional



Quanto ao Nacional, tem feito um campeonato algo abaixo das expectativas, ocupando a segunda metade da tabela classificativa, e tendo marcado por esta altura apenas 3 golos e sofrido 12, que é como quem diz, tem um dos piores ataques e defesas da competição.
Ainda não vi nenhum jogo dos insulares esta temporada, mas parecem estar a um nível mais baixo do que o que nos tem habituado.


O FC Porto não entrou com um ritmo muito forte no jogo, efectuando passes lentos, previsíveis e mal calculados e não aumentando intensidade nas transições ofensivas de forma a criar desequilíbrios. Foi tanta a sonolência dos jogadores que vestiam de azul e branco que nos primeiros minutos nunca estiveram perto da baliza do Nacional e falharam imensos passes, não conseguindo superiorizar-se de forma evidente em termos de percentagem de posse de bola, uma situação que acabou por durar até ao final do encontro.
O factor de maior interesse no inicio era saber quem era aquele misterioso jogador loiro dos dragões que eu não estava a reconhecer… afinal era Hulk, que apresentou nesta partida um visual renovado.

Os madeirenses tinham o jogo a correr a seu favor, com um ritmo baixo, ainda que fossem inconsequentes, e quando nada o fazia prever, aos 24’ Defour remata do meio da rua, a bola desvia em Neto e acaba por trair o guarda-redes Marcelo, estava feito o 1-0.

O ritmo continuou baixo e minutos depois numa transição rápida comandada por Mateus, este assiste Mário Rondón que atirou à malha lateral. Foi a melhor oportunidade dos insulares em todo o jogo.

Aos 40’, novo golo do Porto! Na sequência de um canto marcado no lado esquerdo, Rolando salta mais alto e desvia a bola para Walter que á boca da baliza não perdoou. O avançado brasileiro estava em posição de fora-de-jogo, no entanto, a equipa de arbitragem validou o golo.

Longe de fazer uma exibição brilhante, os campeões nacionais chegaram ao intervalo com uma vantagem tranquila, fruto de dois golos algo estranhos (um foi desviado por um defesa adversário e outro estava em fora-de-jogo), perante um adversário que não mostrou nem ambição nem argumentos para evitar a derrota.

Na segunda parte, a intensidade do jogo ainda conseguiu ser mais baixa, assistiu-se a um jogo bastante sonolento, no qual os jogadores do Nacional fizeram praticamente figura de corpo presente, já que praticamente pararam de atacar. Os portistas agradeceram, que sem suar muito, iam trocando a bola com tranquilidade e esperando que o tempo passasse para garantir os três pontos.

Mais uma vez, quando tudo parecia tranquilo e sem acção nas duas balizas, o FC Porto voltou a marcar. Livre de Belluschi, defesa algo deficiente de Marcelo para a zona frontal à baliza onde Sapunaru atirou para o fundo das redes num dos golos mais fáceis da sua carreira, estavam decorridos 66 minutos. A defesa nacionalista nem sequer reagiu ao lance.

Alguns minutos depois, Vítor Pereira mexeu na equipa e retirou Defour e Belluschi (que não gostou de ser substituídos) para colocar em campo Guarín e João Moutinho, dois habituais titulares que recentemente têm feito exibições não muito positivas, algo que o próprio médio português admitiu no final do jogo com o APOEL.

O jogo estava resolvido, não havia pressão mas Moutinho estava com vontade de mostrar serviço, mostrando humildade e profissionalismo ao aceitar a sua condição de suplente e dar o seu melhor para recuperar o posto, tanto que fez duas assistências para golo ainda antes do final do jogo.
A primeira surgiu perto dos 90’, quando Guarín praticamente o isolou perante Marcelo, mas não foi egoísta e colocou a bola em Kléber que com a baliza escancarada fez o 4-0.

Dois minutos depois, já para lá da hora, numa jogada dentro da grande área dos insulares, o ex-capitão do Sporting colocou a bola em Hulk que fez um chapéu a Marcelo, no último e mais bonito golo da noite.


Este resultado acabou por ser demasiado pesado para o Nacional, tendo em conta que o FC Porto também jogou num ritmo muito baixo.
Só para se ter a noção da pouca intensidade que este jogo teve, o árbitro, Cosme Machado, chegou ao final da partida sem mostrar um único cartão amarelo.


Quanto ao desempenho das equipas, é praticamente impossível destacar alguém, tanto pela positiva ou pela negativa, ambas as equipas foram muito homogéneas.

No FC Porto, Helton arriscou em alguns dribles em zonas algo proibidas, Mangala cometeu uma fífia mas até foi seguro, Walter e Kléber fizeram a sua função (marcar), Hulk voltou aos golos e João Moutinho entrou com uma vontade que se traduziu em duas assistências nos últimos momentos do jogo. De resto, pouco há a dizer.

No Nacional, há que destacar a falta de atitude que a equipa teve, e ao que parece tem tido esta temporada, já que ocupa uma posição muito baixa na tabela e não está a ter o atrevimento que nos habituou ao longo dos anos. Onde está aquela formação bastante complicada de bater que disputa os lugares europeus?
Marcelo parece-me ser um guarda-redes que não está à altura do legado de Diego Benaglio e Rafael Bracali. Mateus comandou as poucas transições rápidas do ataque na primeira parte com alguma qualidade, e Rondón como principal artilheiro causou algum perigo mas também foi inconsequente.

Premier League | Manchester United 1-6 Manchester City



Esta tarde, o City foi a Old Trafford golear o seu rival, o United, por 6-1, num escaldante "derby" da cidade de Manchester.


Eis a constituição das equipas:

Manchester United



Já vi alguns jogos do United esta temporada e pareceu-me uma equipa que acima de tudo é eficaz. Das partidas que vi não tenho visto grande brilhantismo, mas facilidade em chegar ao golo.
Muitas vezes, Ferguson opta por uma política de rotatividade e isso tem causado alguns atrasos, seja na Liga dos Campeões em que só a meio da semana conseguiu a primeira vitória, ou mesmo no campeonato, como foi exemplo o último jogo em Liverpool.
Actualmente, os “red devils” ocupam o 2º lugar no Premier League, com 20 pontos, fruto de seis vitórias e dois empates, 25 golos marcados e seis sofridos.
Para este jogo, o técnico do United deu a titularidade àquele se aproxima do seu onze-base.


Manchester City



Ainda não vi nenhum jogo dos “citizens” esta temporada, no entanto, pelo que a estatística mostra, só não venceram um jogo para o campeonato (empate no terreno do Fulham) e são líderes isolados com o melhor ataque a melhor defesa (em igualdade com o United e o Newcastle).
O seu melhor marcador é a sua grande contratação, o argentino Kun Agüero, no entanto, o bósnio Edin Dzeko marca também bastantes golos, mas que neste jogo vai começar do banco de suplentes.


O United entrou melhor, muito forte, com uma elevadíssima posse de bola e também com um grande domínio territorial.
Os primeiros 15/20 minutos jogaram-se praticamente em exclusivo no meio-campo dos forasteiros, todas as tentativas de sair a jogar por parte do City eram cortadas logo na sua raiz, não conseguiam sair do seu meio-campo.

No entanto, no último terço os “red devils” foram sempre inconsequentes e derivado dessa inconsequência na frente de ataque, o ritmo de jogo foi baixando e os “citizens” foram povoando mais o terreno adversário e praticamente no primeiro remate que fez no jogo, marcou, por Mario Balotelli, aos 21’, ao desviar de primeira e com grande classe um cruzamento atrasado de Milner pela esquerda.

O problemático jogador italiano não festejou o golo, não esboçou um único sorriso e apenas levantou a sua camisola, mostrando uma por baixo na qual estava escrito “Why always me?”, num autêntico recado para os media que tanto o ataca e expõe a sua vida pessoal, que ainda esta semana foi alvo de noticia por ter incendiado a sua própria casa enquanto atirava fogo de artificio pela janela da sua casa de banho.

A equipa de Alex Ferguson acusou o golo sofrido, até porque foi-lhe dado a provar um pouco do seu próprio veneno, a letal eficácia mesmo quando a produtividade ofensiva da equipa não é elevada.

Até ao intervalo, não houve grandes oportunidades de golo para nenhum dos lados, apenas dois remates do United (por Anderson e Rooney) que saíram à figura de Joe Hart.


A segunda parte começou logo com um “handicap” para os homens da casa. Evans foi expulso após uma entrada perto da entrada da área sobre Balotelli.
Ainda assim, a equipa conseguiu reagir e mostrou coração, e aos 54’ esteve perto de marcar, na melhor ocasião até então. Numa jogada de insistência, Ashley Young primeiro remata contra um defesa e depois ao lado.

No entanto, quando o United estava a criar ânimo foi o City que voltou a marcar. Excelente jogada de combinação no lado direito entre Milner e David Silva, com uma ajudinha de Richards, que veio a culminar numa finalização à boca da baliza por Mario Balotelli, estavam decorridos 60 minutos.

Nesta altura, Ferguson reequilibrou a sua equipa com a entrada de Jones para o centro da defesa e Chicharito para o ataque, fazendo sair Nani e Anderson, mas pouco tempo depois os “citizens” fizeram o 3-0. Mais uma jogada no flanco direito muito boa de Micah Richards que num cruzamento rasteiro batido para o segundo poste encontrou Kun Agüero para finalizar.

Esta parecia ser a estocada final, os campeões ingleses perderam a esperança e os seus adeptos já abandonavam o estádio, até deu para Balotelli ser substituído por Dzeko e receber uma grande ovação dos seus adeptos. Em jeito de brincadeira, até se pode dizer que ele incendiou Old Trafford.

A dez minutos no fim, após uma boa combinação com Chicharito, Fletcher remate em jeito e faz o 1-3.

O empate estava à distância de dois golos e ainda havia tempo para jogar, o United subiu no terreno à procura de novo golo no entanto apenas com um homem a mesmo o desgaste era muito maior e a resposta às transições rápidas do City não tinha tanta qualidade, assim como a concentração em lances como as bolas paradas, e foi na sequência de um canto que foi feito o 4-1, por Dzeko, aos 89’, marcando praticamente sem querer (de joelho) após um desvio de Lescott junto ao segundo poste.

Os homens de encarnado voltaram a ficar sem reacção, e em mais uma jogada de contra-ataque dois minutos depois, os azuis de Manchester chegaram ao quinto golo, numa finalização em que David Silva até se deu ao luxo de colocar a bola entre as pernas do seu compatriota De Gea.

Ainda antes do final do jogo, em mais uma transição rápida do ataque do City comandada por Silva, este assiste Dzeko que com alguma facilidade fez o 6-1.


Foi um jogo com uma intensidade muito forte, no entanto, até este estar praticamente resolvido que não houve grandes ocasiões de golo, sendo feio em diversos momentos, com faltas extremamente agressivas que poderiam ter resultado em lesões graves, que o diga Phil Jones ou Micah Richards, quando sofreram entradas de Dzeko e Welbeck na fase final do encontro.

Em termos tácticos, a expulsão de Evans foi fundamental para desequilibrar um jogo que até então estava equilibrado e que só tinha sido desbloqueado por um lance imprevisível do ataque do City (0-1), em que Milner, que geralmente joga sobre o lado direito, apareceu na esquerda e assistiu Balotelli que esteve sempre no flanco e aí apareceu na zona central.

O cartão vermelho mostrado ao central norte-irlandês foi mesmo a primeira “escavadela” do buraco em que o United se meteu neste jogo, em que o City com alguma facilidade a partir daí chegou à goleada e até teve oportunidades de fazer mais golos.


Em relação às equipas, o United apresentou uns 15/20 minutos muito fortes, reagiu com alguns remates perto do intervalo que acabaram controlados com muita segurança por Joe Hart, e esboçou uma reacção forte mesmo após a expulsão, mas poucos minutos depois sofreu o 0-2 e a partir daí foi história.
De Gea não teve culpa nos golos sofridos, o sector defensivo cumpriu bem até à expulsão, mas a partir daí, o desequilíbrio numérico foi visível e nada puderam fazer face às movimentações rapidíssimas dos homens do City, uma verdadeira dor de cabeça para qualquer defesa, que o diga Evra que viu do seu lado nascer o 0-2 e o 0-3.
Nani esteve apagadíssimo, Ashley Young mostrou-se muitas vezes inconformado mas pouco pode fazer, Anderson esteve discreto como de costume, sem acrescentar nada, e Fletcher ao seu nível, apontando um belo golo.
Rooney pouco ou nada fez e Welbeck ainda tentou gerar desequilíbrios mas foi inconsequente. Chicharito foi importante no golo do United e Jones foi claramente batido no golo de Agüero.

O City fez uma exibição que roçou a perfeição!
É verdade que nos primeiros 15/20 minutos não conseguiram praticamente sair do seu meio-campo, no entanto, defensivamente foram fortes e obrigaram o United a baixar o ritmo, subindo assim mais vezes no terreno e chegando ao golo praticamente no primeiro remate que fizeram no jogo.
A partir daí, fruto da qualidade dos seus jogadores, tiveram uma percentagem muito elevada de posse de bola e de domínio territorial, e sempre que possível, com tabelas e combinações rápidas para gerar desequilíbrios e foi mesmo assim que fizeram o 2-0, colocando-se mais tranquilos no jogo.
Mesmo quando a partida estava resolvida, quiseram humilhar o adversário e chegaram a uma goleada histórica.
Joe Hart esteve seguro, os centrais também, Clichy não deu a mínima hipótese a Nani, e embora com mais dificuldade, Richards acabou por fazer o mesmo a Ashley Young e ainda conseguiu envolver-se nas jogadas que originaram o 2-0 e o 3-0.
O meio-campo defensivo constituído por Yaya Touré e Barry pautaram bem o ritmo do jogo, e os homens da frente, normalmente comandados por David Silva, para além da sua qualidade individual, souberam trabalhar como equipa e foi assim que geraram desequilíbrios e situações imprevisíveis que acabaram por ditar esta goleada. Todos os quatro homens da frente estiveram nos primeiros três golos, que é como quem diz, ajudaram a resolver o jogo. Dzeko entrou a segunda parte mas ainda marcou dois.


Com esta vitória, o Manchester City isola-se ainda mais no comando da Premier League com 25 pontos, mais cinco que o United, que pode ser ultrapassado esta tarde pelo Chelsea.

sábado, 22 de outubro de 2011

Premier League | Liverpool 1-1 Norwich



Liverpool e Norwich empataram esta tarde a uma bola num jogo disputado em Anfield, a contar para a 9ª Jornada da Premier League.


Eis a constituição das equipas:

Liverpool



Ainda não vi nenhum jogo do Liverpool esta temporada, mas pelos relatos parecem estar alguns furos acima que na temporada anterior, em que não se qualificaram sequer para a Liga Europa.
Na semana passada ao que parece fizeram um excelente jogo frente ao Manchester United em Anfield, com alguns críticos a apontarem como injusto o empate com que a partida terminou.
O melhor marcador da equipa é o uruguaio Luis Suárez (4 golos).
Esta temporada os principais reforços são José Enrique (ex-Newcastle), Stewart Downing (ex-Aston Villa), Charlie Adam (ex-Blackpool) e Jordan Henderson (ex-Sunderland), habituais titulares na formação da cidade dos Beatles.
Actualmente ocupam a 5ª posição, com 14 pontos, fruto de quatro vitórias, dois empates e duas derrotas, com um saldo de 11-9 em golos.


Norwich



Quanto ao Norwich, é uma equipa que já tinha visto em acção com o Manchester United, e que mostrou muita disciplina táctica.
Comandados por Paul Lambert, a principal estrela dos canários é mesmo o colectivo, que trabalha muito bem fruto da concentração, solidariedade e bom posicionamento que pelo menos demonstrou em campo frente aos “red devils”.
Actualmente ocupam o 9º lugar, com 11 pontos, uma posição tranquila na tabela classificativa, derivados de três vitórias, dois empates e três derrotas, e um “score” de 10-11 em golos.


O Liverpool entrou fortíssimo neste jogo! Logo aos 2’, na sequência de um pontapé de canto, Skrtel cabeceou forte direito á trave.
Três minutos depois, Luis Suárez tem uma excelente jogada individual na grande área do Norwich e rematou forte ao lado.
Aos 11’, Craig Bellamy tem um grande trabalho na esquerda e coloca a bola no avançado uruguaio dos “reds”, que enviou a bola ao ferro da baliza do Norwich, e na recarga Downing não teve a calma suficiente para fazer golo.

A partir daí, o jogo acalmou e o Norwich até conseguiu povoar o meio-campo adversário, com a sua principal oportunidade a ser um tiro fortíssimo de Hoolahan já dentro da grande área para uma grande defesa de Reina. De resto, algumas ocasiões que acabaram por ser inconsequentes.

Nos últimos 15 minutos, o Liverpool voltou à carga, talvez não intensamente como no começo do desafio, mas com um volume de jogo ofensivo que esteve diversas vezes à distância de um pequeno toque que desviasse a bola para a baliza.

Luis Suárez foi sempre o mais inconformado da equipa da casa, muitas vezes parecia mesmo ser ele e mais dez, e não era de estranhar que os seus colegas o procurassem para que ele com a sua incrível capacidade conseguisse desbloquear o empate, e foi mesmo numa bola longa enviada para o uruguaio que surgiu o golo do Liverpool, mesmo nos últimos segundos da primeira parte. A bola enviada para o ex-Ajax acabou por sobrar para Bellamy que entrou na área dos canários e atirou em jeito para o 1-0.


O inicio da segunda parte foi muito disputado, o Liverpool procurava o mais confortável 2-0 mas a equipa forasteira, sempre muito organizada, tinha de procurar o empate e colocou em campo Holt, um ponta-de-lança mais posicional, de grande porte físico, o que fazia prever algum jogo directo para a área dos “reds”.

Aos 51’, Suárez esteve perto de marcar. Quem mais poderia ser? Em mais um lance de classe ultrapassou dois adversários e atirou ao poste.

Á passagem da hora de jogo, o pior cenário para a formação penta-campeã europeia acabou por se tornar uma realidade. Um grande cruzamento de Pilkington na direita encontra a cabeça do recém-entrado Holt, que igualou a partida. Reina e Carragher ficaram muito mal batidos na tentativa de interceptar o lance.

Cerca de cinco minutos depois, novo cruzamento para o Norwich, desta vez pela esquerda, novamente para a cabeça de Holt, mas desta vez Pepe Reina respondeu com uma grande defesa.

Nesta fase o jogo estava muito partido, o Liverpool tinha a responsabilidade de vencer perante um adversário com outros objectivos e por isso avançou para o ataque, sempre com Suárez ao comando das operações. Mas a inconformidade do uruguaio não teve só efeitos positivos, porque também se traduziu em frustração, levando-o muitas vezes a reclamar intensamente com colegas e árbitro.

Perto dos 80’, finalmente Kenny Dalglish colocou Andy Carroll em campo, um ponta-de-lança posicional que na primeira metade da última temporada impressionou pelo Newcastle, e que já é internacional por Inglaterra. A sua altura seria um argumento diferente para tentar de levar de vencida os canários, no entanto, não teve muitas oportunidades, fruto também do pouco tempo que esteve em jogo. Devia ter entrado mais cedo no jogo, até porque algumas unidades do ataque do Liverpool não estavam a ter um grande rendimento, sobretudo Kuyt.

Apesar do “forcing” final, os “reds” não conseguiram o segundo golo, mesmo quando já se jogava para lá do tempo regulamentar e dos descontos dados pelo árbitro, que deu três minutos de compensação e aos 90+4’ Suárez num remate de primeira proporcionou uma grande defesa a Ruddy.

Com este empate, ambas as equipas ficaram praticamente na mesma da tabela classificativa, no entanto, com este jogo o Liverpool atrasa-se na corrida aos lugares que dão acesso às competições europeias, sobretudo à Liga dos Campeões.


Analisando as equipas, penso que este Liverpool não querendo exagerar foi Suárez e mais dez.
O uruguaio foi o único que esteve sempre inconformado, que procurou o golo, que passou o jogo a chatear a defesa adversária e que acusou a frustração por não conseguir marcar com algumas atitudes a quente, dignas de um sul-americano.
Bellamy também fez um bom trabalho no flanco esquerdo, Downing não foi tão explosivo como lhe competia, Kuyt esteve muito desaparecido e Gerrard está sem ritmo, muito distante da qualidade a que habitou os adeptos desta modalidade.
Defensivamente, apesar de alguns sustos, os “reds” não tiveram mal à excepção do golo em que Reina e Carragher foram muito mal batidos.

Quanto ao Norwich, pouco acrescento ao que tinha dito depois do jogo frente ao United.
É uma equipa pobre em qualidade técnica, no entanto, com muito coração, organização, bom posicionamento e solidariedade, que assumiu uma postura sempre bastante lúcida nos mais diversos momentos do jogo, ainda que tenha tido alguma sorte por não sair de Anfield com uma derrota.
Desta vez destaco dois jogadores: Ruddy, um guarda-redes que muitas vezes parecia ter asas, e Holt, que compreende-se não ter jogado de inicio pois procurava-se gente mais móvel no ataque, mas que para jogos do campeonato do Norwich deverá ser um ponta-de-lança muito útil.
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